Os Estados Unidos e a Rússia realizarão uma reunião na Arábia Saudita nos próximos dias para discutir um possível fim à guerra na Ucrânia, que já se arrasta há quase três anos. A informação foi confirmada por um parlamentar norte-americano e uma fonte próxima às negociações.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy revelou que Kiev não foi convidada para as conversas e que não negociará diretamente com Moscou sem consultar parceiros estratégicos.
A delegação dos EUA incluirá o Secretário de Estado Marco Rubio, o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz e o enviado da Casa Branca para o Oriente Médio Steve Witkoff. Ainda não está claro quais representantes russos estarão presentes.
O objetivo das negociações seria preparar um encontro direto entre Donald Trump, Vladimir Putin e Zelenskiy para buscar um acordo de paz, segundo o deputado norte-americano Michael McCaul.
🌍 Europa teme ser excluída das negociações
A movimentação diplomática entre Washington e Moscou tem alarmado os aliados europeus dos EUA. Trump, que assumiu a presidência em 20 de janeiro, prometeu repetidamente acabar rapidamente com a guerra na Ucrânia e já conversou separadamente com Putin e Zelenskiy.
A preocupação europeia aumentou quando o enviado de Trump à Ucrânia afirmou que a Europa não terá um assento na mesa de negociações, após Washington enviar um questionário às capitais europeias perguntando quais garantias de segurança poderiam ser oferecidas a Kiev.
Impasses sobre território e a segurança na região
As exigências para um acordo de paz seguem distantes:
📍 Rússia quer que a Ucrânia cede territórios ocupados e se torne permanentemente neutra.
📍 Ucrânia exige que a Rússia se retire das áreas invadidas e busca garantias de segurança equivalentes à adesão à OTAN.
Enquanto isso, o exército ucraniano enfrenta dificuldades, com escassez de tropas e recursos, enquanto Moscou continua avançando lentamente no leste da Ucrânia.
As negociações na Arábia Saudita podem representar o início de um processo diplomático para encerrar a guerra, mas as condições exigidas por ambos os lados ainda parecem distantes de um consenso.
