Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Tarifa de energia deve passar a refletir variações de horário, aponta setor elétrico

O setor elétrico brasileiro enfrenta um momento de desequilíbrio na oferta e demanda de energia ao longo do dia, impulsionado pelo crescimento de fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica. A situação exige uma reformulação na estrutura tarifária para refletir corretamente os custos variáveis do sistema, segundo analistas e órgãos reguladores.

Descompasso entre oferta e consumo impacta operação e custos

A produção de energia por fontes renováveis, especialmente solar e eólica, cresce em ritmo acelerado, causando excesso de oferta durante o dia e escassez à noite ou nos horários de pico. Essa variação, por sua vez, gera dificuldades na operação do sistema, como ocorreu no Dia dos Pais deste ano, quando o excesso de energia e a demanda reduzida quase levaram ao colapso da rede.

Além disso, há um impacto direto nos custos: durante os horários de pico, o sistema precisa acionar fontes mais caras, elevando as tarifas finais para todos os consumidores. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cerca de 85% das horas semanais são classificadas como fora de pico, com descontos médios de 14% na tarifa.

Tarifa horária e a importância do sinal de preço correto

Potencial para beneficiar consumidores

Hoje, apenas uma parcela mínima dos consumidores residenciais e de pequenos negócios possuem acesso à tarifa horária, que varia de acordo com o horário de consumo. Dados da Aneel indicam que menos de 0,1% das 76 milhões de unidades consumidoras já aderiram a esse sistema, que teria potencial para reduzir custos e incentivar o uso de energia em horários mais baratos.

A discussão sobre a ampliação desse modelo será retomada nesta semana, com uma consulta pública que prevê a implementação gradual da tarifa horária, obrigatória para altos consumidores residenciais a partir de meados de 2026. Segundo Luiz Augusto Barroso, da consultoria PSR, essa mudança deve refletir melhor os custos e benefícios associados a cada horário, reforçando o uso racional da energia.

Desafios operacionais e estratégias futuras

Para que essa mudança seja efetiva, será necessário estruturar um cronograma de instalação de medidores inteligentes, uma etapa essencial para viabilizar a tarifa horária. Além disso, as distribuidoras precisarão focar na comunicação com os consumidores para esclarecer as vantagens do novo modelo e garantir adesão adequada.

Segundo especialistas, essa medida pode gerar impactos positivos ao estimular o consumo em horários de menor custo e melhorar a eficiência do sistema elétrico. A expectativa é que, com maior adesão, a tarifa finalize de forma mais alinhada às reais condições de produção e consumo energético no país.

Para mais detalhes, acesse o link da fonte.

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