O Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou, nesta semana, a criação de uma força-tarefa para avaliar a situação financeira e de governança de nove empresas públicas em dificuldades, incluindo os Correios, que enfrenta a pior crise de sua história. A iniciativa busca compreender melhor os fatores que levam à crise, indo além dos aspectos financeiros tradicionais.
Força-tarefa para controlar as empresas em crise
Desde novembro, o TCU vinha monitorando a situação dessas empresas. Agora, os processos de fiscalização foram encaminhados ao tribunal, que solicitou informações ao governo para aprofundar os estudos. A medida faz parte de uma estratégia para ampliar a fiscalização e identificar possíveis irregularidades.
Empresas em foco na análise fiscal e de governança
O levantamento inclui empresas que representam riscos para as contas públicas, como os Correios, Casa da Moeda do Brasil, Infraero e diversas companhias de navegação e portos. Segundo o TCU, a força-tarefa irá realizar diagnóstico fiscal e de governança, inicialmente nas nove empresas mais afetadas, podendo se estender a todas as 27 estatais não dependentes.
Dimensões de avaliação da força-tarefa
A análise abordará cinco eixos principais: gestão, inovação, desempenho financeiro, gestão de pessoal e tecnologia da informação. O objetivo é ampliar o entendimento das dificuldades, buscando ações que melhorem a eficiência e a sustentabilidade dessas empresas.
Impacto na gestão e controle externo
Segundo o presidente do TCU, essa iniciativa é fundamental para compreender as raízes dos problemas enfrentados pelas estatais. “Não basta analisar apenas os números. É preciso entender a governança e a experiência operacional que influenciam o desempenho financeiro”, afirma. A força-tarefa será um complemento às ações de fiscalização já em andamento, como a auditoria presencial nos Correios para verificar possíveis irregularidades na gestão nos últimos anos.
Próximos passos e perspectivas
O TCU deve publicar nos próximos dias um diagnóstico detalhado dessas empresas, promovendo ajustes na fiscalização e sugerindo melhorias em governança. A expectativa é que a iniciativa contribua para a recuperação financeira dessas estatais e alimente políticas de reforço de sua sustentabilidade no longo prazo.


