Brasil, 7 de dezembro de 2025
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Bolsonaro escolhe Flávio e impacta corrida presidencial em 2026

A escolha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo filho Flávio Bolsonaro como seu candidato à presidência nas eleições de 2026 gera impactos significativos na corrida pelo Planalto. Essa decisão, anunciada recentemente, não só determina o futuro de Flávio como também influencia outros pré-candidatos da direita, como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo, Ratinho Jr. (PSD) do Paraná, Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás e Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais.

A decisão de Bolsonaro e seus desdobramentos

Ao optar por Flávio, Bolsonaro sinaliza que o filho será seu representante na disputa, o que abre um dilema para outros membros da direita que ambicionam a presidência. Tarcísio de Freitas, por exemplo, enfrenta a possibilidade de reeleição no ano que vem, mas pode vislumbrar um futuro mais ambicioso em 2030, dependendo do seu desempenho nas urnas. Já outros líderes, como Caiado e Ratinho Jr., precisam encontrar alternativas para manutenção de seus mandatos, tendo em vista que suas campanhas para a presidência foram, em certa medida, ofuscadas pela decisão de Bolsonaro.

Além disso, o respaldo a Flávio reduz as opções de outros políticos para uma candidatura ao Planalto, levando muitos deles a considerar uma corrida ao Senado ou a outros cargos mais próximos do Executivo em seus respectivos estados.

Reação dos pré-candidatos à decisão

Mesmo diante da escolha de Bolsonaro, alguns pré-candidatos não demonstram intenção de desistir. Caiado, por exemplo, manifestou seu respeito pela decisão do ex-presidente, mas reafirmou sua candidatura: “Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros”, declarou. Essa afirmativa, embora retórica, denota a determinação de Caiado em não se deixar abalar pela escolha de Flávio.

Por outro lado, políticos como Eduardo Leite (PSD) do Rio Grande do Sul parecem estar se afastando da polarização criada por sua filiação ao bolsonarismo. Leite já tentava, antes mesmo da decisão de Bolsonaro, posicionar-se como uma candidatura mais centrista, distantes dos laços diretos com a família Bolsonaro.

O impacto nas pesquisas eleitorais

As mais recentes pesquisas eleitorais indicam que Flávio Bolsonaro ainda não era visto como um forte concorrente nas discutidas votações. Segundo uma pesquisa do Datafolha, se fossem realizadas as eleições hoje, Flávio enfrentaria dificuldades contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No levantamento, Lula venceria Flávio por uma diferença de 15 pontos percentuais, demonstrando que o sobrenome Bolsonaro, apesar de carregar um legado político, pode não ser suficiente para garantir uma vitória em uma corrida tão acirrada.

Outro estudo, realizado pela Atlasintel, corroborou esses resultados, indicando que o apoio a Flávio não repercutiria de forma positiva em uma disputa direta com Lula, mas que outros pré-candidatos da direita, como Tarcísio e Michelle Bolsonaro, apresentariam desempenhos um pouco mais competitivos, embora ainda assim insuficientes para desbancar o petista.

O cenário a longo prazo

Com o horizonte eleitoral de 2026 se aproximando, a escolha de Flávio não afeta apenas a dinâmica interna da direita, mas também a relação do Centrão com Bolsonaro. As lideranças do Centrão tinham uma preferência maior por Tarcísio de Freitas como a figura que concorreria de maneira mais competitiva contra o PT, algo que demonstra a insatisfação do grupo com a escolha de Flávio, que, segundo muitos, conta com uma ampla rejeição entre a população brasileira.

Adicionalmente, o mercado financeiro reagiu negativamente à decisão, com quedas significativas na Bolsa e um aumento no dólar, o que mostra que a política e a economia continuam entrelaçadas, e decisões como essa exigem um olhar atento às suas consequências.

À medida que o cenário eleitoral se desenha, é evidente que as próximas semanas e meses serão cruciais para a definição do destino da direita e de Flávio Bolsonaro na corrida pelo Planalto. Enquanto o ex-presidente Bolsonaro ainda cumpre pena, este apoio será testado em diversas frentes para avaliar sua viabilidade na busca pela presidência em um contexto cada vez mais competitivo e em transformação.

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