Brasil, 2 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias de 2026 aposta no piso da meta

O relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), afirmou nesta terça-feira (3) que seu parecer deve permitir que o governo busque o piso da meta fiscal no ano que vem. A previsão, se confirmada, pode solucionar a controvérsia atualmente em debate no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a consideração do piso ou do centro da meta para fins de contingenciamento do orçamento.

Posicionamento do TCU e impacto na votação do PLDO

Segundo o ministro relator do caso no TCU, Benjamin Zymler, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é clara ao indicar a necessidade de se considerar o centro da meta. Zymler autorizou o governo a perseguir o limite inferior da meta em 2025 devido à proximidade do fim do ano, mas decidiu que o centro da meta deve ser observado nos anos seguintes. A votação no plenário do tribunal foi interrompida em 22 de outubro por um pedido de vistas do ministro Jhonatan de Jesus, que retomará o julgamento nesta quarta-feira (4).

Consequências para o orçamento de 2026

Se o PLDO de 2026 for aprovado com uma orientação clara para o governo seguir o piso da meta, o TCU deverá seguir essa orientação legal. A legislação já estabeleceu esse entendimento para 2025 por meio de alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) feita em outubro. A meta para 2026 é de superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), equivalente a R$ 34,3 bilhões, com limite de tolerância até zero.

Próximos passos e negociação parlamentar

Gervásio Maia afirmou estar “tentando avançar na linha do piso da meta” ao comentar o andamento das discussões. A previsão inicial era votar o parecer na Comissão Mista de Orçamento nesta terça-feira (3), mas a votação foi adiada para esta quarta-feira, devido à necessidade de negociações. Maia tem reunião marcada com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, no fim da tarde, para buscar um entendimento sobre temas considerados prioritários pelos parlamentares.

Discussões sobre calendário de votação e emendas

Um dos pontos de maior divergência entre Congresso e governo é o calendário de votação de emendas, principalmente a liberação de verbas para saúde, assistência social e transferências, as chamadas emendas Pix, cujo pagamento está previsto até junho de 2024. Há uma proposta de reduzir esse percentual para entre 60% e 70%, com pagamento até o fim do primeiro semestre do próximo ano. Maia afirmou que o calendário está sendo construído em parceria com o governo.

Outros temas em debate

Maia informou também que não há pedido do governo para mudanças na meta de estatais, embora o setor econômico esteja realizando análises detalhadas sobre a situação das empresas públicas para avaliar a necessidade de ajustes. As discussões ocorrem em meio a um clima de tensões entre o Palácio do Planalto e o Congresso. Nas últimas semanas, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), reclamou de supostas interferências na votação do nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao STF, além de críticas à relação entre Executivo e Legislativo.

Contexto político e perspectivas futuras

O clima de desconfiança agravou-se após o fim de semana, quando Alcolumbre acusou setores do governo de tentarem associar dificuldades de apoio político à troca de cargos. No Congresso, também há disputas internas na Câmara, envolvendo o projeto do governo contra fraudes eleitorais, conhecido como PL Antifacção, que foi modificado pelo relator, Guilherme Derrite (PP-AL), e gerou polêmica com aliados do Palácio.

O attorney geral da União, Jorge Messias, permanece no centro das discussões, enquanto o governo tenta consolidar suas posições na tramitação do orçamento e garantir votações alinhadas com seus interesses para o próximo ano. A expectativa é que as negociações continuem nas próximas semanas, buscando um acordo que atenda tanto às demandas do Congresso quanto às metas fiscais do governo.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Fonte original.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes