A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em conjunto com a Receita Federal (RF), deflagrou a Operação Produto Legal, resultando na apreensão de 4.226 produtos irregulares entre os dias 30 de novembro e 1º de dezembro. Esta ação teve como alvo os centros de distribuição de grandes marketplaces, incluindo Mercado Livre, Shopee e Amazon, cuja fiscalização se deu em localidades como Araucária (PR), Brasília (DF) e Franco da Rocha (SP).
Detalhes da operação
Durante a operação, um total de 20.591 itens foram inspecionados, dos quais 4.226 foram considerados irregulares. Esses produtos incluíam carregadores de bateria, câmeras sem fio, equipamentos de rede e dispositivos como power banks, TV Box e smartwatches, todos sem homologação da Anatel ou com suspeita de irregularidades. O Mercado Livre se destacou pela quantidade de produtos apreendidos, com 2.569 itens; a Shopee ficou em segundo lugar, com 1.325 itens, e a Amazon, com 332.
Fiscalização após a Black Friday
A ação foi estrategicamente realizada em um momento crítico, logo após a Black Friday, um período em que há um aumento considerável no fluxo de mercadorias, o que tem propiciado a entrada de produtos não certificados no Brasil. A Anatel tem como meta garantir padrões mínimos de segurança para os consumidores e combater práticas de contrabando e descaminho, que são prioridades da Receita Federal.
Comparação com ações anteriores
O número de itens apreendidos nesta operação foi inferior ao que foi registrado no ano anterior, quando operações similares resultaram na apreensão de cerca de 22 mil produtos irregulares. Essa redução pode ser atribuída ao fortalecimento da inteligência em fiscalização e à interação entre as instituições.
Uso de tecnologia na fiscalização
A Anatel tem intensificado suas ações de fiscalização desde o ano passado, utilizando o Regulatron, um sistema de inteligência artificial que monitora anúncios em marketplaces e identifica produtos potencialmente irregulares com maior rapidez e precisão. Esta tecnologia tem sido crucial para a eficácia das operações, especialmente diante das constantes mudanças nas plataformas de venda online.
Resultados e declarações oficiais
Edson Holanda, conselheiro da Anatel e responsável pelo Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP), elogiou a integração entre a Anatel e a Receita Federal e os resultados obtidos: “Com o avanço dessas operações e o uso de inteligência artificial, o setor de telecomunicações dá um passo importante para fortalecer a segurança do consumidor e a integridade das redes no Brasil,” afirmou.
O impacto da operação no mercado
As ações da Anatel e da Receita Federal não apenas visam coibir a venda de produtos irregulares, mas também proteger o consumidor brasileiro de possíveis riscos associados a itens não certificados. Ao garantir que apenas produtos homologados estejam disponíveis no mercado, a Anatel reforça seu compromisso com a segurança e a qualidade dos serviços de telecomunicações no país.
A eficácia das operações de fiscalização pode ter um impacto significativo na percepção dos consumidores e na colaboração dos marketplaces em assegurar a qualidade dos produtos oferecidos. Além disso, a operação Produto Legal reafirma a necessidade de um mercado mais transparente e seguro, essencial para o desenvolvimento econômico e a confiança do consumidor.
Com a continuidade das operações e o uso de novas tecnologias, espera-se que a Anatel e a Receita Federal consigam manter uma vigilância constante sobre o mercado, protegendo assim os interesses dos consumidores e promovendo um ambiente comercial mais seguro e confiável para todos.


