Ali Ghodsi, CEO da plataforma de dados e IA Databricks, afirmou que a AGI — inteligência artificial geral — já foi conquistada. Em entrevista recente, Ghodsi explicou que, ao revisitar suas experiências de duas décadas atrás, percebe que o conceito de AGI, que poderia conversar, raciocinar e reconhecer padrões em grande escala, já faz parte da realidade.
AGI já existe na prática, diz Ghodsi
Segundo o executivo, a distinção entre a ficção científica e a atual capacidade das máquinas é tênue. “Agora que temos, é como nunca ter conhecido os heróis,” afirmou Ghodsi, com uma pitada de sarcasmo. Ele argumenta que a verdadeira questão não é mais se a AGI foi criada, mas como ela pode ser usada de forma útil e prática para as empresas hoje.
Foco da Databricks no uso atual da IA
Apesar de ser um grande cliente de OpenAI, a principal receita da Databricks vem de empresas que desejam utilizar IA para trabalhar com seus dados, sem o objetivo de criar uma superinteligência. Para Ghodsi, o potencial está na adoção de IA para resolver problemas cotidianos, e não na construção de uma “super máquina”.
Desenvolvimento de agentes de IA especializados
Ghodsi comenta que a empresa está concentrada em treinar modelos menores e mais precisos, que possam desempenhar tarefas específicas com maior confiabilidade. “Estamos focando em IA boba, que é mais barata e mais confiável para tarefas específicas,” explica o CEO.
Transformação no setor de private equity com IA
Recentemente, a OpenAI anunciou investimento na Thrive Holdings, criada por Thrive Capital, com planos de usar IA para reverter empresas em dificuldades e aumentar sua produtividade. Essa estratégia imprime uma nova abordagem ao modelo clássico de private equity, que tradicionalmente foca em cortar custos e vender os negócios.
De acordo com analistas, essa mudança traz benefícios para os CEOs, mas também levanta preocupações sobre os efeitos na força de trabalho, visto que muitos funcionários ainda enfrentam cortes e decisões de curto prazo impulsionadas por objetivos financeiros.
Ghodsi encerra ressaltando que o papel da IA na transformação empresarial está apenas começando, e que o foco deve estar na utilidade prática das soluções disponíveis atualmente.


