Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Cancelamento de almoço de Jorge Messias evidencia resistência no STF

O recente cancelamento do almoço que Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), teria com senadores da oposição, ressalta as tensões políticas que permeiam a indicação. O encontro, que estava agendado para esta terça-feira, não ocorrerá devido a resistências internas na bancada do PL.

Contexto do Cancelamento

O almoço foi solicitado por Messias e estava sendo articulado pela senadora Dra. Eudocia Caldas (PL-AL), mãe do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas. No entanto, o cancelamento foi confirmado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE). O líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), também afirmou desconhecer o encontro. Interlocutores de Messias minimizam a situação, argumentando que houve um problema de agenda e que o almoço deve ser realizado na próxima semana.

A Resistência dos Senadores

Desde segunda-feira, já se manifestavam resistências significativas dentro do bloco parlamentar do PL, que é composto por 16 parlamentares e um do Novo, em relação à reunião. Essas resistências refletem preocupações mais amplas sobre a escolha de Messias e sua aceitação entre os senadores, principalmente após a prévia rejeição de outras indicações mais alinhadas com as preferências do centro político.

Aliança entre a Família Caldas e o Governo Lula

Embora a família Caldas atualmente esteja no PL de Jair Bolsonaro, há uma tentativa de aproximação com Lula em meio às negociações para a indicação de Marluce Caldas, tia do prefeito, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Esse acordo político, formalizado em julho, envolveu a promessa de JHC em deixar o PL e migrar para uma sigla da base de Lula, decisão que ainda não foi cumprida.

Recentes Movimentos Políticos

Na última segunda-feira, Lula se reuniu com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação de Messias. O almoço ocorreu no Palácio do Planalto e não constava na agenda oficial do presidente, o que indica a busca por diálogo e articulação em um momento de tensão.

Desafios no Senado

As terças-feiras são tradicionalmente marcadas por almoços com a bancada no Senado. Contudo, mesmo antes do cancelamento, já havia defecções na presença dos senadores. Girão afirmou que poderia ir, mas com compromissos conflitantes, já indicando que votará contra a nomeação. Essa situação demonstra um cenário complicado para a aceitação de Messias entre seus pares.

Reações e o Papel do Planalto

O Planalto agora enfrenta o desafio de contornar a resistência de senadores, incluindo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em relação à escolha de Messias. Alcolumbre e outros parlamentares de siglas centristas se ressentem por terem sua preferência inicial por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) desconsiderada. Em uma nota divulgada no domingo, Alcolumbre criticou a tentativa de setores do Executivo de criar uma falsa impressão de que as divergências entre os Poderes estão sendo resolvidas por acordos fisiológicos envolvendo cargos e emendas.

Com a situação ainda em desenvolvimento, o governo precisará adotar uma estratégia mais sólida para garantir a aprovação da indicação de Messias, que deve ocupar a vaga deixada pela aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso no STF. A continuidade dessas articulações políticas e o fortalecimento de alianças serão cruciais nos próximos dias.

Essa situação lança dúvidas sobre o futuro do relacionamento entre o governo e o Senado, e como isso poderá afetar não apenas a indicação de Messias, mas outras pautas importantes da política brasileira.

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