No último compromisso de sua primeira viagem apostólica, o Papa Leão XIV fez um potente apelo pela paz no Oriente Médio. Após visitar a Turquia, o Papa se dirigiu ao Porto de Beirute, onde realizou uma oração silenciosa em homenagem às vítimas da dupla explosão ocorrida em 4 de agosto de 2020. O Santo Padre enfatizou a necessidade urgente de novas atitudes que rejeitem a lógica da vingança e da violência, convidando à superação das divisões políticas, sociais e religiosas na região.
A mensagem de esperança do Papa
Durante a missa realizada no Beirut Waterfront, o Papa destacou que “o caminho da hostilidade mútua e da destruição no horror da guerra foi percorrido por tempo demais” e que “é preciso mudar de rumo”. A mensagem do Papa foi clara e direta: é necessário educar o coração para a paz e buscar novos capítulos sob o sinal da reconciliação.
“Queridos irmãos e irmãs, neste dias que vivemos, desejo que todos se tornem peregrinos de esperança, implorando a Deus o dom da paz para esta amada terra, marcada pela instabilidade e guerras”, afirmou Leão XIV, enfatizando a esperança no diálogo e na fraternidade entre todas as comunidades do Oriente Médio.
Por uma nova narrativa de paz
O Papa também dirigiu um apelo sincero à comunidade internacional, pedindo que todos se esforcem em promover processos de diálogo e reconciliação. “Ouvi o grito dos vossos povos que clamam por paz! Coloquemo-nos todos ao serviço da vida, do bem comum e do desenvolvimento integral das pessoas”, exortou. As palavras do Papa são um chamado à ação, instando líderes e cidadãos a se unirem na construção de um futuro mais pacífico.
O olhar da Igreja sobre o Oriente Médio
Com um olhar carinhoso e admirativo, o Papa se dirigiu aos cristãos do Levante, encorajando-os a continuar sua luta pela paz. “Toda a Igreja olha para vós com carinho e admiração. Que a Bem-aventurada Virgem Maria, Nossa Senhora do Líbano, vos proteja sempre”, disse, reforçando a importância da fé e da esperança em tempos de crise.
A missão do Papa em sua viagem apostólica não é apenas uma visita, mas uma mensagem de encorajamento e solidariedade para todos que sofrem e buscam um futuro melhor. A oratória do Papa ressoou não apenas entre os cristãos, mas para todos os que desejam um Oriente Médio livre de conflitos e intolerância.
A relevância do gesto no contexto atual
O gesto do Papa ao orar no Porto de Beirute é simbolicamente forte, representando a dor e o luto de um povo que, há muito tempo, enfrenta as consequências da guerra. Este ato de solidariedade faz ecoar uma mensagem que ultrapassa as barreiras religiosas e políticas, atingindo o coração de todos aqueles que acreditam na possibilidade de um mundo melhor.
À medida que o mundo observa, as palavras e ações do Papa Leão XIV têm o potencial de inspirar outros líderes a enfrentar a violência e a promover iniciativas de paz. A mensagem de paz e reconciliação deve ser uma prioridade não apenas na retórica, mas também nas ações concretas que buscam a construção de um futuro onde prevaleça o respeito mútuo e a convivência pacífica.
O caminho a seguir
Em um mundo muitas vezes dividido por conflitos, a chamada do Papa para repensar a abordagem em relação ao Oriente Médio nos convida a refletir sobre nossas próprias atitudes e responsabilidades. Ele nos lembra que, independentemente das diferenças, todos compartilhamos um desejo comum: viver em paz.
O apelo do Papa Leão XIV por uma mudança de rumo oferece não apenas uma esperança renovada, mas também um convite à ação para que cada um de nós contribua na busca pela paz, usando a compreensão e o diálogo como as principais ferramentas para superar as divisões e construir uma sociedade mais justa e harmoniosa.
No final, resta-nos uma pergunta essencial: estamos prontos para ouvir o chamado do Papa e nos tornarmos agentes da paz, contribuindo para a transformação do Oriente Médio e, por consequência, do mundo?



