Brasil, 2 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Jovens ativistas ambientais: a força que move a luta contra as mudanças climáticas

Durante a COP30, a presença e o protagonismo de jovens ativistas ambientais chamaram atenção para o avanço da participação da nova geração na luta contra o aquecimento global. Com trajetórias marcadas por desafios sociais e ambientais, esses ativistas carregam na bagagem a urgência de mudanças e a esperança de um futuro mais justo e sustentável.

Juventude na linha de frente pela preservação do planeta

Para a ativista mexicana Shurabe Mercado, de 23 anos, o envolvimento com questões ambientais surgiu a partir da sua própria cidade natal, Toluca, onde enfrentou a baixa qualidade do ar. A jovem defende que a luta pelo clima também é uma batalha por justiça social. “Compreendi que não era uma crise apenas ambiental, mas também social e econômica”, afirma Shurabe, que atua na denúncia da injustiça climática e na defesa de uma transição energética justa no México.

O papel da juventude na transformação social

No Brasil, duas jovens têm papel destacado na mobilização climática. Marcele Oliveira, de 26 anos, que foi escolhida pelo presidente Lula como embaixadora da juventude climática na COP30, iniciou sua trajetória ao lutar por um parque em Realengo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Atualmente, ela integra a Coalizão Clima de Mudança e coordena o programa Jovens Negociadores pelo Clima, buscando ampliar a inclusão de diversos grupos nas políticas ambientais.

“Quando você se torna ativista, passa a prestar atenção em todas as injustiças e desigualdades do dia a dia. Minha luta também inclui a pauta da cultura, das mulheres negras e de crianças com deficiência”, comenta Marcele.

Mobilização jovem como questão de sobrevivência

Para Gabi Brasiliae, mobilizadora do Instituto Internacional Arayara, o engajamento dos jovens na luta ambiental é uma questão de sobrevivência. “Nós vivemos sobre a ansiedade de que eventos extremos possam interromper nossos planos de vida. Precisamos ser ouvidos na construção de políticas climáticas”, afirma.

Outro exemplo é o jovem Mateus Fernandes, de 25 anos, que, aos 11, sobreviveu a uma operação policial na escola, e desde então, questiona as desigualdades de sua comunidade em Guarulhos. Mateus trabalha com educação ambiental na periferia, buscando ampliar o acesso a espaços verdes e promover a conscientização ecológica.

A força de vozes jovens de diferentes realidades

O ativismo também alcança crianças, como Miguel Lourenço, de 12 anos, da favela da Maré, no Rio de Janeiro. Integrante do projeto Crias do Tijolinho, ele desenvolve ações de defesa do meio ambiente usando grafite, fotografia e design, mostrando que a resistência e a criatividade dos jovens podem gerar mudanças concretas.

“As crianças precisam ter voz. A gente é o agora”, afirma Miguel, que participou da COP30 representando suas experiências e propostas.

Internacionalização da luta e novas vozes

Da Índia para a Austrália, Grace Vegenasana, de 26 anos, trabalha na conscientização sobre os impactos do deslocamento climático e desertificação, apoiando comunidades indígenas e rurais. Sua trajetória reforça que o combate à crise climática exige uma ação global que inclui diferentes culturas, realidades e estratégias.

Ela destaca a responsabilidade dos jovens no Sul Global em ajudar a frear a crise e promover uma transição justa. “Quero lutar por uma mudança que seja respeitosa às comunidades mais atingidas”, diz Grace.

Perspectivas futuras e impacto geracional

Ao se unirem em organizações, projetos e ações diretas, esses jovens mostram que a luta climática não é uma questão do futuro, mas do presente. Seus exemplos reforçam que a participação juvenil é fundamental para pressionar políticas públicas, promover mudanças culturais e ampliar o escopo das soluções ambientais.

O papel dessas novas vozes é fundamental para pressionar líderes mundiais a adotarem medidas mais ambiciosas e justas, garantindo que as próximas gerações tenham um planeta mais equilibrado e sustentável.

Para saber mais sobre a nova geração de ativistas do clima, acesse a matéria completa no site do O Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes