Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Petrobras revisa planos com queda no preço do petróleo e aumento de produção

A Petrobras anuncia corte nos investimentos, aumento na produção e redução de dividendos diante da expectativa de queda no preço do Brent.

A Petrobras divulgou nesta sexta-feira (28) seu novo plano estratégico para os próximos cinco anos, que prioriza a racionalização de custos, maior produção e ajustes nos dividendos devido à expectativa de que o preço do petróleo Brent permaneça em níveis mais baixos. A estratégia busca enfrentar a volatilidade do mercado global de commodities e garantir a sustentabilidade financeira da estatal.

Revisão de investimentos e projeções de produção

O plano prevê investimentos de US$ 109 bilhões (R$ 581,4 bilhões), ligeiramente abaixo do valor de US$ 111 bilhões (R$ 592,1 bilhões) estimado anteriormente para o período 2025-2029. Assim, a empresa mantém o foco na expansão por meio de projetos já em execução, destinando US$ 91 bilhões (R$ 485,4 bilhões), enquanto avalia novas iniciativas, alocando US$ 18 bilhões (R$ 96 bilhões) na Carteira em Avaliação.

A produção de petróleo deve alcançar 2,7 milhões de barris por dia (bpd) em 2028, acima das estimativas de 2026 (2,5 milhões bpd) e 2027 (2,6 milhões). A projeção é que esse patamar seja mantido até 2034, com o objetivo de ajustar a operação às condições de mercado.

Impacto do preço do petróleo no resultado financeiro

Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a queda no preço do Brent — que atualmente representa cerca de 75% do valor de 2024 — força a companhia a redobrar esforços na simplificação de projetos e redução de gastos. “Estamos mudando a estratégia para trabalhar com uma visão mais realista dos preços futuros”, afirmou Chambriard, em entrevista nesta sexta-feira.

O preço do Brent deve se estabilizar em US$ 63 por barril em 2026 e aumentar para cerca de US$ 70 até 2030, de acordo com as projeções da Petrobras, reforçando a necessidade de ajustes na estratégia de produção e investimentos.

Revisão de dividendos e cenário financeiro

As distribuições de dividendos também sofreram ajustes. A previsão agora é de pagamentos entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões (R$ 240 bilhões a R$ 267 bilhões) nos próximos anos, menor que os US$ 45 bilhões a US$ 55 bilhões (R$ 240 bilhões a R$ 293 bilhões) do plano anterior. Além disso, a companhia não mais prevê dividendos extraordinários, que no plano anterior poderiam chegar a US$ 10 bilhões (R$ 53,3 bilhões).

Segundo Fernando Melgarejo, diretor financeiro, a decisão reflete o cenário de preços mais baixos, e a distribuição de dividendos depende do desempenho do petróleo no mercado internacional e da produção efetiva.

Exploração, produção e novos projetos

Para exploração e produção, a Petrobras destina US$ 69,2 bilhões (R$ 368 bilhões), com 62% destinados ao Pré-sal e 24% ao Pós-sal. A estratégia inclui aprimorar a gestão dos reservatórios, perfurar novos poços e otimizar a produção existente.

Na região da Margem Equatorial, a Petrobras perfura novos poços, como o Morpho na Foz do Amazonas, visando garantir volume suficiente para operações futuras. A presidente da exploração e produção, Sylvia Maria Couto dos Anjos, destacou a importância de novos poços para manter o nível de produção até 2030.

Perspectivas para o mercado e estratégias futuras

A estratégia da Petrobras reforça o alinhamento com um cenário de preços mais baixos do petróleo, buscando manter a lucratividade por meio de uma gestão mais ágil e eficiente. Segundo Chambriard, a revisão periódica dos projetos a cada três meses permitirá ajustar o portfólio às condições de mercado e às finanças da empresa.

Com o anúncio, a Petrobras demonstra compromisso de equilibrar crescimento, sustentabilidade financeira e compromisso com os acionistas, mesmo diante do cenário de mercado mais desafiador.

Para mais detalhes, acesse a reportagem completa no g1.

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