No último domingo (9), Praia Grande, localizada no litoral paulista, foi palco de um crime brutal que chocou a comunidade local. O corretor Wanderley Guanais Mineiro foi encontrado morto em um prédio em construção, e o principal suspeito é o eletricista Cassius Maximiliano Brancatti. O assassinato ocorreu durante um plantão de vendas em que Wanderley estava trabalhando, e a motivação por trás do crime revela uma história de ameaças e relações complicadas.
O contexto do crime
Wanderley, de 15 anos de experiência na área imobiliária, foi encontrado sem vida no banheiro do edifício em construção no bairro Tupi. Ele costumava trabalhar como corretor após ter uma experiência diversificada, incluindo um período em que viveu e trabalhou no Japão. Em depoimento à polícia, Cassius Brancatti alegou que a motivação para o crime foi uma suposta ameaça feita por Wanderley, que teria ameaçado revelar uma relação extraconjugal entre os dois. No entanto, a família do corretor contesta essa versão, afirmando que não havia qualquer relação desse tipo entre eles.
Quem foi Wanderley Guanais Mineiro?
Natural de São Paulo, Wanderley tinha ascendência japonesa e possuía um histórico de vida rico e variado. Formado em Administração, ele se casou em 1990 e, na busca por melhores oportunidades, se mudou para o Japão em 1991. Após retornar ao Brasil em 1994, ele teve um filho e passou por dificuldades financeiras antes de ingressar na profissão de corretor de imóveis.
A advogada da família, Ingridt Klaesener, descreve Wanderley como um homem dedicado à família, sempre buscando levar alegria e descontração para o ambiente ao seu redor. Segundo Ingridt, “ele era um bom filho, bom pai, bom marido e bom irmão, sempre dedicado ao trabalho. Era uma pessoa que alegrava o ambiente com piadas, buscando descontração e leveza, mas também mantinha um perfil reservado”.
As evidências do crime
Após o homicídio, o corpo de Wanderley foi descoberto na manhã de segunda-feira (10) por um funcionário da obra. O trabalhador notou marcas de sangue nas escadas e encontrou a vítima caída e ensanguentada. Imagens de câmeras de segurança mostram um homem – que posteriormente foi identificado como Cassius – entrando e saindo rapidamente do imóvel, levando os pertences do corretor após cerca de 23 minutos.
As gravações mostram que Wanderley chegou ao local por volta das 8h10, enquanto o suspeito entrava no edifício cerca de uma hora e meia depois. Essa evidência temporal pode ser crucial para o andamento do processo e a construção da narrativa do crime.
A repercussão do caso
O assassinato de Wanderley tem gerado grande repercussão em Praia Grande e na comunidade imobiliária de São Paulo. As circunstâncias dramáticas e o impacto na família e amigos da vítima levantam questões sobre segurança e violência nas relações pessoais e no ambiente de trabalho. Casos de violência dessa natureza lamentavelmente não são raros, e têm instigado um necessário debate sobre a prevenção e atuação das autoridades em questões de violência e intimidação.
A polícia agora investiga mais profundamente a relação entre os dois homens e os eventos que levaram a essa tragédia. Espera-se que a investigação traga mais clareza ao caso e que a justiça seja feita. A família de Wanderley, por sua vez, clama por resposta e justiça em memória de um homem que, segundo eles, era um exemplo de dedicação e amor pela família.
Próximos passos na investigação
Enquanto Cassius Maximiliano Brancatti enfrenta acusações severas, a investigação continua a buscar testemunhos adicionais e quaisquer evidências que possam contribuir para o esclarecimento do caso. O caso ficará sob os holofotes da mídia, e a busca por justiça se torna uma prioridade para aqueles que conheciam e amavam Wanderley Guanais Mineiro.
A população local aguarda ansiosamente por atualizações sobre o andamento do caso e expressa suas condolências à família do corretor, que teve sua vida brutalmente interrompida em um ato de violência incompreensível.
