Na última sexta-feira, o empresário americano John Textor fez movimentos significativos na estrutura da Eagle Football Holdings (EFH), ele destituiu Michele Kang e outros quatro investidores de seu conselho de administração. Apesar dessas mudanças, Kang ainda se mantém como presidente e responsável pelas operações diárias do Olympique Lyonnais, um dos clubes que compõem a holding. Esta reestruturação não apenas ressalta as mudanças internas da EFH, mas também sua repercussão na gestão do Botafogo, clube que se tornou um foco importante nas operações de Textor.
Mudanças no conselho de administração da EFH
Com a saída de Michele Kang, os outros conselheiros que deixaram a EFH são: Samuel Oliver Lynn, Alexander Bafer, David Horin e Jean-Pierre Conte. Este último, que se destacou por suas negociações com o Botafogo, chegou a se reunir com João Paulo Magalhães, presidente do clube social, para discutir os rumos da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) alvinegra sem a presença de Textor à frente das operações.
Fontes próximas à empresa indicam que essas mudanças foram motivadas pela necessidade de alinhar o conselho às diretrizes que Textor deseja implementar na Eagle Football Holdings. A relação entre Textor e os acionistas destituídos tem sido tensa, especialmente em um contexto de disputas judiciais no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro relacionadas ao Botafogo. Essa reestruturação pode ser vista como uma tentativa de Textor de retomar o controle total sobre as operações da holding e, consequentemente, do clube carioca.
Quem são os novos diretores da Eagle Football Holdings
Após a saída dos cinco conselheiros, John Textor não tardou em nomear novos membros para o conselho da Eagle Football Holdings, chamando todos de “diretores fundadores”. Entre os novos diretores estão:
1. Jordan Fiksenbaum
Fiksenbaum anteriormente foi presidente da FuboTV, um serviço de streaming focado em esportes, e possui uma vasta experiência em liderar operações em áreas como o Cirque du Soleil e Lighthouse Immersive. Sua especialização em eventos o torna um nome forte dentro do novo organograma da empresa.
2. Kevin Weston
Weston traz com ele mais de 30 anos de experiência em entretenimento, tecnologia e dispositivos móveis. Ele já ocupou cargos importantes, como CFO e COO da Digital Domain, uma conhecida empresa de efeitos especiais que foi de propriedade de Textor de 2006 a 2012. Sua expertise será crucial para as operações da EFH e do Botafogo.
3. Rene Eichenberger
Presidente executivo da New Venture Associates, uma consultoria em private equity baseada na Suíça, Eichenberger tem experiência como conselheiro de empresas, incluindo a Jet Aviation, e traz uma visão estratégica valiosa para os desafios que a EFH pode enfrentar.
4. Frank Patterson
Patterson é presidente e CEO da Trilith Studios, um renomado estúdio de cinema envolvido na produção de grandes sucessos, como “Vingadores” e “Homem-Aranha”. Sua experiência na indústria cinematográfica pode trazer novas perspectivas para o marketing e a promoção da marca da Eagle.
5. Shahrad Tehranchi
Dirigente atual do Lyon e empresário no setor alimentício e imobiliário, Tehranchi é uma adição importante como diretor fundador da EFH, com um olhar atento sobre o desempenho do clube francês, além de contribuir para a visão do Botafogo.
Entendendo a nova estrutura da Eagle
As recentes mudanças nas principais posições de administração da Eagle Football Holdings e suas empresas associadas reafirmam a busca de John Textor por um alinhamento estratégico mais sólido. A holding, considerada a “companhia mãe”, passa a ser liderada por Textor como presidente e diretor fundador, juntamente com seus novos diretores fundadores e outros diretores em posições-chave.
Além da EFH, a Eagle Football Midco está sob a responsabilidade de Textor, enquanto a Eagle Football Bidco, a principal controladora do Botafogo, mantém um conselho com três membros, incluindo Textor. Isso indica que, apesar das turbulências, Textor busca manter uma forte posição de controle sobre suas operações e o futuro tanto do Lyon quanto do Botafogo.
Com essas mudanças, a expectativa é que a Eagle Football Holdings consiga uma nova dinâmica de gestão e possa desenhar um novo caminho para suas operações no futebol brasileiro e internacional, impactando diretamente na performance do Botafogo e na eficiência de suas ações no mercado.


