Nos últimos anos, aumentou o uso de coordenadores de intimidade na indústria do entretenimento, responsáveis por garantir o bem-estar dos profissionais durante cenas sensuais. Enquanto muitos artistas valorizam essa presença, outros preferem atuar sem esse suporte, levando a debates abertos sobre a sua importância e impacto.
Celebridades que compartilham suas experiências com coordenadores de intimidade
Toni Collette, conhecida por suas atuações intensas, revelou que, no passado, pediu para que os coordenadores de intimidade deixassem o set ao perceber que suas ações estavam causando mais ansiedade. “Confio nas pessoas com quem trabalho, mas às vezes, essas pessoas acabaram me deixando mais nervosa, então preferi que saíssem”, contou à The Times. Essa opinião mostra que a presença do profissional nem sempre é bem-vista por todos os atores.
Florence Pugh, por sua vez, falou tanto sobre experiências positivas quanto negativas. Em entrevista ao podcast de Louis Theroux, ela comentou que o trabalho com coordenadores de intimidade é para garantir que todos sintam-se confortáveis e que as cenas tenham significado. “Já tive bons e maus profissionais, mas sempre busquei me sentir ouvida e segura nas minhas atuações”, disse. A atriz destacou ainda que, com sua autoconfiança, consegue atuar de forma segura mesmo sem a presença de um coordenador.
Reações de atores e suas opiniões sobre a presença de coordenadores
Reconhecimento e resistência
Gwyneth Paltrow declarou que, ao trabalhar na última produção, pediu para que o coordenador de intimidade se afastasse um pouco, elogiando sua liberdade criativa. “Para mim, como artista, às vezes, essas intervenções podem ser um pouco restritivas”, afirmou. Ela ainda questionou o papel do coordenador em cenas que envolvem nudez ou toques mais íntimos.
Já Mikey Madison optou por não ter um coordenador na filmagem de “Anora”, destacando que a decisão foi sua. “Aos poucos, atores começaram a entender a importância de se sentirem protegidos, mas também quisemos explorar as cenas de forma mais natural”, explicou em entrevista à Variety.
Importância do suporte e técnicas de filmagem
Jennifer Lawrence e Robert Pattinson decidiram não usar coordenadores de intimidade em “Die My Love”, confiando na segurança do elenco. Emma Stone acredita que essa prática virou uma norma, destacando que a indústria evoluiu nesse aspecto nos últimos anos. “Cenas vulneráveis hoje têm toda uma preparação para garantir que os atores se sintam seguros”, afirmou.
Por outro lado, atores como Sam Heughan, de “Outlander”, consideram fundamental a presença de um coordenador para explorar melhor as cenas, sem abrir mão da proteção. “Seja para evitar acidentes ou facilitar o desempenho, o apoio é essencial”, afirmou.
Diversidade de opiniões e experiências
Jennifer Aniston também mencionou que foi questionada sobre a necessidade de um coordenador na sua cena com Jon Hamm em “The Morning Show”, mas optou por não ter um. “Sou do tempo em que essas coisas eram mais livres e espontâneas”, explicou.
Já atores mais jovens, como Katherine Heigl, revelaram que sua experiência com coordenadores revelou a importância de se sentir protegido, especialmente por ter trabalhado anos sem esse suporte inicialmente. “Entendi que é uma forma de se sentir mais seguro durante cenas delicadas”, afirmou.
Adaptação e inovação no set
Algumas estrelas, como Rachel Zegler e Phoebe Dynevor, descrevem as sessões com coordenadores como momentos de segurança, comparando as cenas a “stunts” ou coreografias de dança, com a vantagem de trabalhar em ambientes controlados e livres de constrangimentos. “Se não fosse isso, talvez tivesse que lidar com essas cenas com um diretor do sexo masculino, o que nem sempre é confortável”, afirmou Dynevor.
Apesar de opiniões divergentes, a maioria dos atores reconhece que os coordenadores de intimidade ajudam a criar um ambiente mais seguro e controlado em filmagens sensíveis, além de promover a autonomia e o respeito às escolhas dos profissionais envolvidos.
Perspectivas futuras na indústria
Celebridades como Michaela Coel e Rachel Zegler elogiaram a contribuição dos coordenadores na criação de limites físicos e emocionais claros. Por outro lado, atores como Sean Bean expressaram certa resistência, alegando que a presença excessiva de tais profissionais pode prejudicar a espontaneidade da cena.
Com a evolução da produção audiovisual, o debate continua vivo. O consenso, porém, parece apontar para uma maior valorização do cuidado, sem perder de vista a naturalidade e autenticidade das performances.


