Brasil, 14 de novembro de 2025
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Correios planeja fechamento de 700 agências e fundo imobiliário para sair da crise

Empresa busca reequilíbrio financeiro com fechamento de unidades, venda de imóveis e novas parcerias de negócio

Os Correios anunciam um amplo plano de reestruturação para recuperar a saúde financeira e melhorar sua operação, sem necessidade de aporte público.

Redução de despesas fixas e reestruturação operacional

Em mais uma tentativa de equilibrar suas contas, a gestão dos Correios propõe o fechamento de cerca de 700 agências e unidades logísticas, além do desligamento de 10 mil funcionários via plano de demissão voluntária (PDV). O objetivo é cortar custos com mão de obra e evitar sobreposições de unidades próximas, otimizando a operação.

Fundo imobiliário com ativos avaliados em R$ 5,4 bilhões

A estratégia inclui a formação de um fundo imobiliário, elaborado pela Caixa, que terá como base os 2.366 imóveis avaliados em R$ 5,4 bilhões. A ideia é vender os imóveis, captar recursos e posteriormente alugá-los, incluindo, possivelmente, o prédio que atualmente abriga a sede da estatal em Brasília. Segundo fontes internas, essa ação visa ampliar a liquidez da companhia e viabilizar novos investimentos.

Medidas para aumento de receitas e inovação nos serviços

Além do corte de custos, os Correios planejam ampliar suas fontes de receita, investindo em novos serviços e parcerias inovadoras. Entre as iniciativas, está a busca por atuar em nichos onde os principais concorrentes, como Amazon e Mercado Livre, ainda não operam, além de criar um ecossistema próprio de negócios.

Parcerias e novas soluções tecnológicas

De acordo com informações do planejamento, a estatal pretende estabelecer parcerias com empresas de tecnologia e inovação. Um exemplo é uma parceria internacional que utiliza tinta com selo de segurança inserido em caixas de encomendas, reduzindo o tempo de atendimento no balcão. Além disso, há planos para oferecer serviços financeiros por meio de parceria com bancos, dispensando processos de licitação.

Desafios e expectativas da nova gestão

A atual direção dos Correios trabalha para quitar suas dívidas e reduzir a folha salarial, que visa diminuir R$ 2 bilhões ao ano com a saída de 10 mil funcionários no próximo PDV. Apesar das ações de corte de despesas, a avaliação é que será necessário também aumentar a receita para superar a crise.

A gestão federal vê as ações de reestruturação como condicionantes para obter garantias de empréstimos junto a instituições financeiras, essenciais para sustentar as mudanças. Outro aspecto importante é a negociação com sindicatos, já que há uma renegociação de cláusulas trabalhistas que haviam sido suspensas durante o governo anterior, quando a estatal chegou a ser incluída em um plano de privatização.

Para o futuro, os Correios pretendem reforçar sua logística de transporte de medicamentos e vacinas, ampliando seus serviços para o governo, além de explorar novas parcerias no setor privado, buscando soluções que garantam sustentabilidade financeira e possíveis entradas de capital externo.

Mais detalhes sobre os planos de reestruturação dos Correios podem ser consultados na matéria completa no site do jornal O Globo.

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