Brasil, 14 de novembro de 2025
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STF inicia julgamento de Eduardo Bolsonaro por coação

Supremo Tribunal Federal avaliaria denúncia da PGR contra deputado por suposta pressão sobre ministros para deslegitimar eleições.

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta sexta-feira a avaliação da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A acusação envolve a suposta atuação do parlamentar nos Estados Unidos, onde ele teria pressionado ministros da Corte em um contexto que visava deslegitimar o resultado das eleições de 2022.

Consequências da aceitação da denúncia

Caso a Primeira Turma do STF decida acolher a denúncia, Eduardo Bolsonaro será considerado réu e terá que responder a uma ação penal. A expectativa, de acordo com informações apuradas pelo jornal O GLOBO, é que todos os ministros do colegiado votem a favor do recebimento da denúncia. Este julgamento ocorrerá no plenário virtual, com previsão de conclusão em 25 de novembro deste ano.

Contexto da denúncia

Recentemente, o pai de Eduardo, o ex-presidente Jair Bolsonaro, teve um recurso rejeitado de forma unânime, que pedia a anulação de uma condenação relacionada à tentativa de golpe de Estado. Isso cria um cenário tenso para a família Bolsonaro, especialmente com a pressão crescente sobre Eduardo.

A PGR alega que Eduardo e o blogueiro Paulo Figueiredo atuaram para obstruir o andamento de processos relacionados à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Vale destacar que a denúncia contra Figueiredo foi desmembrada e será analisada em outro momento. Ele reside nos Estados Unidos, e sua intimação será feita por meio de carta rogatória, um instrumento de cooperação judicial internacional.

Defesa e posicionamentos

Enquanto isso, Eduardo se encontra nos Estados Unidos, mas como não possui endereço fixo, foi intimado por meio de edital, publicado no Diário de Justiça. Como não apresentou resposta à denúncia, a Defensoria Pública da União (DPU) foi designada para sua defesa. A DPU, que na semana passada já se manifestou, defende a rejeição das acusações feitas.

A alegação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, é de que as ações de Eduardo e Figueiredo caracterizam o crime de coação, cuja pena varia de um a quatro anos de prisão, além de multa. Esse crime é definido como o ato de utilizar violência ou grave ameaça para favorecer interesses pessoais ou alheios contra autoridades ou envolvidos em processos judiciais.

Contraponto da defesa

A DPU argumenta que as declarações atribuídas a Eduardo Bolsonaro são meras manifestações públicas sobre política externa, sanções econômicas e críticas a decisões judiciais, sem qualquer evidência de atos de violência ou grave ameaça. Com isso, a defesa tenta distanciar as ações do deputado de qualquer tipo de crime, buscando provar que ele estava apenas exercendo seu direito à liberdade de expressão.

O desdobramento desse julgamento no STF pode ter efeitos significativos não apenas na carreira política de Eduardo Bolsonaro, mas também nas repercussões para o ex-presidente Jair Bolsonaro, em um momento em que a família se vê sob intensa escrutínio público e judicial. O cenário se complica ainda mais, considerando a instabilidade política e a polarização que caracterizam o atual ambiente político brasileiro.

Perspectivas futuras

Enquanto a justiça se mobiliza e os desdobramentos do julgamento se aproximam, a opinião pública está atenta. A forma como o STF decidirá sobre a denúncia poderá influenciar a trajetória política dos Bolsonaro e a percepção pública acerca de suas ações e decisões. Para muitos, esse julgamento representa não apenas uma avaliação de um caso específico, mas um reflexo mais amplo das tensões políticas que permeiam o Brasil na atualidade.

A sociedade brasileira aguarda ansiosamente os próximos passos deste importante julgamento e o impacto que ele poderá ter no futuro político do país.

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