Brasil, 14 de novembro de 2025
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Relação entre China e Venezuela cresce em meio à pressão dos EUA

A China fecha acordo comercial com a Venezuela, enquanto os EUA aumentam a pressão militar na região.

A relação entre China e Venezuela tem se fortalecido nos últimos tempos, especialmente à medida que os Estados Unidos tentam isolar a economia venezuelana. Em um movimento estratégico, a China anunciou um acordo comercial sem tarifas com o governo de Nicolás Maduro, eliminando impostos sobre produtos de cerca de 400 categorias entre os dois países.

Acuerdo comercial e impacto econômico

O especialista em estratégia comercial global da China, Gordon Chang, afirmou em entrevista à Fox News que esta medida poderá permitir que a China tenha um controle efetivo sobre a economia venezuelana. “Isso realmente parece que a China vai assumir completamente a economia da Venezuela. Isso vai devastar a indústria local venezuelana”, declarou Chang.

Atualmente, a Venezuela é amplamente dependente da exportação de petróleo para a China, vendendo muito pouco mais além disso. Em contrapartida, a China é um vasto fabricante de uma variedade de produtos, o que levanta preocupações sobre o futuro da manufatura na Venezuela. “A manufatura venezuelana não vai ter um renascimento tão cedo. Ela está indo na direção oposta”, acrescentou o especialista.

Aumentando a pressão militar dos EUA

O fortalecimento dos laços entre Caracas e Pequim ocorre em um contexto de tensão crescente, uma vez que o presidente dos EUA, Donald Trump, tem promovido uma política de “tolerância zero” em relação a países que apoiam o tráfico de drogas nas proximidades dos Estados Unidos. Recentemente, a Marinha dos EUA deslocou seu maior porta-aviões, o USS Gerald R. Ford, para o Comando Sul dos EUA, que inclui a maior parte da América Latina. Este movimento inclui um vasto suporte militar, com nove esquadras aéreas e mais de 4.000 marinheiros à disposição.

Consequências para a Venezuela

A administração dos EUA tem realizado mais de 20 ataques a embarcações suspeitas de tráfico de drogas. Enquanto Trump apresenta essas operações militares como parte de uma estratégia para combater o tráfico e controlar a infiltração de drogas no país, o governo venezuelano se defende alegando que os EUA estão buscando uma mudança de regime e a remoção de Maduro.

De acordo com Chang, Maduro não tem muitas opções a não ser aceitar a ajuda que a China está oferecendo. “Maduro provavelmente não tem escolha. Ele percebe que tem um problema na forma de Donald J. Trump. Há um porta-aviões americano não muito longe de suas costas e muitos ativos militares pressionando-o. Ele precisa de um amigo e está desesperado”, afirmou o especialista.

Dependência crescente da China

Embora o alívio econômico oferecido pelo acordo possa representar um suporte momentâneo, Chang alerta que a Venezuela está apenas aprofundando sua dependência em relação à China. “Não vejo esse acordo comercial como uma forma de fortalecer a Venezuela, mas sim como um fortalecimento do controle da China sobre o país”, disse.

O pacto sem tarifas abre uma porta comercial e estratégica na região ocidental para a China, especialmente enquanto os EUA intensificam suas sanções contra a Venezuela. Embora o acordo possa impulsionar a economia de Maduro, Chang observa que a China tem limitações. “Ela pode certamente lançar uma blitz de propaganda, mas não pode projetar força militar na região. Isso realmente depende do que o presidente Trump decidir. A China não possui a força militar para se opor a uma intervenção americana se Trump assim decidir”, concluiu.

O futuro da relação entre China e Venezuela permanece incerto, mas as tendências atuais sugerem que essa parceria pode continuar a se expandir, especialmente em um cenário de crescente hostilidade entre o governo de Maduro e os Estados Unidos.

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