Brasil, 13 de novembro de 2025
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ONU critica segurança da COP30 e governo Lula se defende

A ONU levantou preocupações sobre segurança e infraestrutura na COP30 em Belém, enquanto o governo Lula responde às críticas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) enviou uma carta ao governo do Brasil expressando suas preocupações com a segurança e a infraestrutura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que está acontecendo em Belém, no Pará. A mensagem, que destaca a necessidade de providências imediatas, foi divulgada na quinta-feira (13/11) pela Bloomberg Línea e sinaliza o descontentamento da entidade internacional com a organização do evento.

A correspondência foi assinada pelo secretário-executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, Simon Stiell, e enviada no dia anterior, 12 de novembro, ao Ministério da Casa Civil, ao Governo do Pará e ao presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago. A insatisfação da ONU se intensificou após um protesto que ocorreu na sede do evento, onde ativistas, incluindo indígenas, tentaram invadir a Blue Zone, área destinada às principais negociações da conferência, em um ato de descontentamento.

Criticas à segurança e infraestrutura da COP30

Na carta, Stiell acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de instruir a Polícia Federal (PF) a não agir contra os manifestantes. “As forças de segurança e a estrutura de comando necessárias para executar o plano de segurança estavam todas presentes no local durante o incidente, mas falharam em agir”, afirmou o secretário-executivo. Esse tipo de falha sugere uma preocupação mais ampla sobre a capacidade do Brasil de sediar eventos internacionais de grande porte, especialmente em um contexto tão crítico como o das mudanças climáticas.

Além das questões de segurança, a ONU também criticou a infraestrutura da COP30, enfatizando a necessidade de um plano para mitigar os efeitos das altas temperaturas em Belém e a realização das conferências durante as chuvas que afetam a região. Este reconhecimento leva a um questionamento sobre o planejamento adequado para eventos em regiões com condições climáticas variáveis.

Reação do governo

O governo Lula prontamente se manifestou em resposta às críticas da ONU. Em nota divulgada nessa quinta-feira, a Casa Civil refutou a alegação de que o governo federal tenha interferido na questão da segurança durante a manifestação. A nota enfatiza que a gestão da segurança na Blue Zone é de responsabilidade do Departamento das Nações Unidas para Segurança e Proteção (UNDSS), aliviando o governo de qualquer responsabilidade direta sobre os incidentes registrados.

Além disso, o governo anunciou um reposicionamento das forças de segurança na sede da conferência, com o objetivo de aumentar a prevenção de incidentes semelhantes no futuro. A administração também tomou medidas para melhorar as condições dentro das instalações da COP30, incluindo a instalação de novos aparelhos de ar-condicionado para atender à demanda das delegações presentes no evento.

Em relação às chuvas, a Casa Civil desmentiu relatos de que as instalações da conferência estavam alagadas, alegando que as ocorrências se limitavam a “goteiras localizadas”. No entanto, esta posição pode não convencer todos os críticos, especialmente considerando a importância da infraestrutura em eventos desse porte.

A importância da COP30 para o Brasil e o mundo

A COP30 é um evento de suma importância para o Brasil e para a comunidade internacional, pois é uma plataforma essencial para discutir e implementar medidas contra as mudanças climáticas. Assim, a segurança e a infraestrutura adequadas são cruciais para garantir a eficácia das negociações e a proteção de todos os participantes. A necessidade de um gerenciamento eficiente em situações de crise, especialmente em eventos tão relevantes, não pode ser subestimada.

Conforme a conferência avança, é imperativo que as autoridades brasileiras respondam de forma adequada às preocupações levantadas, não apenas para garantir a segurança dos participantes, mas também para reforçar a posição do Brasil como líder na luta contra as mudanças climáticas.

À medida que as discussões continuam, a expectativa é de que lições sejam aprendidas para futuras conferências e que as promessas sobre mudanças efetivas sejam levadas a sério, tanto por líderes mundiais quanto por representantes da sociedade civil.

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