Segundo Galípolo, renomado economista, a poupança é um instrumento “apoiado na desinformação”, pois oferece liquidez diária e remuneração abaixo da taxa básica de juros, ao mesmo tempo em que financia o crédito habitacional. Para ele, o arranjo beneficia quem toma o empréstimo e penaliza quem investe na aplicação financeira.
Críticas à remuneração da poupança e seu impacto
Galípolo explica que a remuneração da poupança, atualmente, representa uma desvantagem para quem busca rendimentos mais significativos, já que a aplicação tem retorno inferior à taxa Selic, mesmo com liquidez diária. “Ela é um instrumento que favorece o endividamento e não o investimento de longo prazo”, afirmou em entrevista ao G1.
Poupar ou investir?
Segundo o economista, a maior acessibilidade à informação tem contribuído para uma redução no volume de poupança no Brasil, já que os investidores buscam alternativas mais rentáveis em outros tipos de aplicações. “A desinformação alimenta a ideia de que a poupança é uma opção segura, mas ela penaliza quem deseja preservar o valor real do dinheiro”, complementa.
Repercussões na economia brasileira
Galípolo argumenta que o modelo atual reforça uma lógica de desigualdade, favorecendo mutuários em detrimento dos investidores. “Esse arranjo cria uma dinâmica onde quem deveria poupar é penalizado, enquanto quem precisa de crédito se beneficia”, avalia. A crítica se soma às discussões sobre a necessidade de reformas no sistema financeiro para garantir maior equidade e rentabilidade às aplicações de longo prazo.
O papel da informação na mudança de comportamento
De acordo com o especialista, elevar o nível de informações disponíveis ao público pode incentivar a busca por investimentos mais rentáveis e sustentáveis. “A liberdade de escolha e o acesso a dados de mercado são fundamentais para equilibrar os interesses dos investidores e da economia como um todo”, conclui.


