Brasil, 14 de novembro de 2025
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Justiça turca emite mandado de prisão contra Netanyahu por genocídio em Gaza

Um mandado de prisão foi emitido pela Turquia contra Netanyahu e outros oficiais israelenses por genocídio relacionado às operações em Gaza.

A Justiça da Turquia deu um passo significativo ao emitir um mandado de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e 36 outros oficiais israelenses, sob a acusação de genocídio em relação às operações militares realizadas em Gaza. A decisão foi anunciada na sexta-feira, 7 de novembro de 2025, pelo escritório do Procurador-Chefe de Istambul.

Mandados contra altos oficiais de Israel

Os mandados não se limitam apenas a Netanyahu, mas também visam outros nomes de destaque em sua administração, incluindo o Ministro da Defesa, Israel Katz, o Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, o Ministro de Fronteiras e Segurança, Eyal Zamir, e o Comandante das Forças Navais de Israel, David Saar Salama. Este ação legal é resultado de um intenso escrutínio sobre a conduta militar de Israel em Gaza, onde as acusações de crimes de guerra e genocídio estão na ordem do dia.

Investigação sobre ataques a civis

A investigação realizada pelas autoridades turcas foca no que elas classificam como violência sistemática contra a população civil de Gaza. O procurador mencionou incidentes específicos, como os ataques ao Hospital Al-Ahli em 17 de outubro de 2023 e danos ao Hospital Baptista Ebli em 21 de outubro de 2023, ambos resultando em várias mortes de civis. Além disso, destacou-se o assassinato de trabalhadores humanitários da World Central Kitchen em 1º de abril de 2024.

As acusações apontam que as operações militares israelenses têm se concentrado em atingir civis e infraestrutura, bloqueando a ajuda humanitária e impedindo o acesso a assistência médica. O escritório do procurador também mencionou iniciativas como a Sumud Flotilla, que tentaram levar ajuda a Gaza via rotas marítimas.

Queixas que impulsionaram a investigação formal

A investigação ganhando tração foi impulsionada por diversas queixas apresentadas em tribunais de Istambul entre os dias 4 e 10 de outubro de 2025. As autoridades turcas conduziram a investigação sob a jurisdição do Tribunal de Justiça de Istambul, em estreita colaboração com o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores da Turquia.

De acordo com comunicado do escritório do procurador, os mandados foram emitidos em conformidade com os procedimentos legais estabelecidos, descrevendo as alegadas ações como crimes contra a humanidade merecedores de investigação contínua.

Repercussão das operações militares em Gaza

A Turquia tem se mostrado uma crítica vocal das operações militares de Israel em Gaza, que começaram após um ataque do Hamas ao sul de Israel em outubro de 2023. O governo turco suspendeu oficialmente relações diplomáticas e comerciais com Israel em decorrência do conflito, intensificando sua retórica contra a violência no território palestino. Esse contexto de tensão tem levado a uma forte mobilização internacional, refletindo a gravidade da situação em Gaza e suas implicações para as relações internacionais na região.

Essas novas ações judiciais e a grave situação humanitária em Gaza não só destacam a fraturada relação entre Turquia e Israel, mas também a necessidade urgente de um diálogo mais eficaz para a resolução pacífica do conflito que afeta milhões de vidas.

Com a adoção de medidas mais severas, o impacto das decisões judiciais na cena internacional permanecerá sob vigilância, prometendo novas reações de diversos atores globais envolvidos na defesa dos direitos humanos e na promoção da paz no Oriente Médio.

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