Brasil, 7 de dezembro de 2025
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Defesa de Bolsonaro planeja próximos passos após condenação

Após a rejeição do recurso no STF, defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se prepara para embargos infringentes.

Com a decisão unânime da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de rejeitar o recurso contra a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por participação na trama golpista, a defesa do ex-presidente já está se mobilizando para os próximos passos — a apresentação de embargos infringentes, um recurso que busca reverter o resultado do julgamento.

Rejeição dos recursos pelo STF

Nesta sexta-feira, a Primeira Turma negou, de forma unânime, os recursos apresentados pelos réus do “núcleo crucial” da trama golpista, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Braga Netto. O placar foi de 4 votos a 0. A decisão confirma as condenações impostas pelo colegiado em setembro, o que representa um duro golpe nas esperanças de defesa dos réus.

Próximos passos da defesa

Diante da condenação, os advogados de Bolsonaro planejam apresentar embargos infringentes, um recurso previsto no regimento interno do STF. Este tipo de recurso é permitido quando há votos divergentes em favor do réu — situação que se verifica neste caso, embora em número insuficiente para alterar o veredicto final. A defesa pretende utilizar essa brecha legal para tentar reduzir a pena ou até mesmo anular parte da condenação.

Prazo para apresentação dos embargos

Após a publicação do acórdão, que deverá ocorrer rapidamente devido ao julgamento no plenário virtual e à ausência da necessidade de voto dos outros ministros que acompanharam o relator Alexandre de Moraes, a defesa terá um prazo de 10 dias para formalizar os embargos infringentes. Essa celeridade processual pode resultar em um efeito imediato sobre a situação do ex-presidente.

Possibilidades de agravamento da situação

Embora as chances de sucesso dos embargos infringentes sejam consideradas limitadas, eles podem prolongar a tramitação do processo e, consequentemente, adiar a execução da pena. Ao mesmo tempo, a equipe jurídica de Bolsonaro está avaliando outras estratégias, incluindo a possibilidade de recorrer a cortes internacionais e solicitar o cumprimento da pena em regime domiciliar, argumentando questões de segurança.

O grupo condenado

Além de Jair Bolsonaro, outros membros do chamado “núcleo crucial” da trama golpista também foram condenados. Dentre eles, destacam-se o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; e ex-ministros como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa) e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Este cenário traz à tona uma série de questões sobre a estabilidade política do Brasil e o papel das instituições judiciais no país. Enquanto a defesa de Bolsonaro se prepara para os próximos passos, a população e os analistas políticos acompanham atentamente o desdobramento dessa situação, que promete continuar a gerar debates acalorados por todo o território nacional.

Os desdobramentos mais recentes em torno do ex-presidente servem como um lembrete da complexidade do sistema legal e das instâncias judiciais no Brasil. Com a iminência de novos recursos e possíveis apelações, será interessante observar como a justiça irá navegar por esse intrincado labirinto legal.

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