Brasil, 7 de dezembro de 2025
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STF nega por unanimidade recursos de Bolsonaro sem voto de Fux

Decisão unânime da Primeira Turma do STF reforça condenações do ex-presidente e outros réus envolvidos na trama golpista.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade, os recursos apresentados pelos réus do “núcleo crucial” da trama golpista, entre os quais se destacam o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Braga Netto. A decisão foi tomada na última sexta-feira, 7 de novembro de 2025, sem a presença do ministro Luiz Fux, que estava em transição para a Segunda Turma da corte.

Contexto da ausência de Luiz Fux

A ausência de Fux durante a votação finaliza um período de incertezas sobre se ele participaria ou não do julgamento. Desde outubro, quando anunciou sua migração para a Segunda Turma devido à aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, havia expectativas sobre se poderia seguir votando em questões relacionadas à trama golpista. No dia da mudança, Fux havia afirmado que se colocava à disposição para ajudar em decisões ainda pendentes.

Regras do STF e o julgamento

O artigo 19 do Regimento Interno do STF permite aos ministros se transferirem entre turmas conforme as vagas disponíveis. No entanto, a normativa não é clara sobre a participação de um ministro em julgamentos de uma turma da qual não faz mais parte. Para que Fux pudesse votar, a autorização teria que ser concedida pelo presidente da Turma, Flávio Dino, ou pelo presidente do STF, Edson Fachin. Segundo informações levantadas pelo jornal O Globo, essa solicitação não foi feita e a expectativa de sua não participação era amplamente reconhecida entre os demais ministros.

Decisão unânime e consequências para Jair Bolsonaro

A Primeira Turma, com um placar de quatro votos a zero, manteve as condenações do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Durante os julgamentos anteriores relacionados a essa questão, Fux havia sido o único a votar a favor do ex-presidente, o que torna sua ausência significativa em uma questão tão delicada e polarizadora. A decisão da Primeira Turma sublinha o duro enfrentamento da justiça com práticas que ameaçam a democracia brasileira.

Demais condenados da trama golpista

Além de Bolsonaro, outros membros do que ficou conhecido como “núcleo crucial” da trama golpista também foram condenados. Entre eles estão o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional. A lista também inclui Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa; e o tenente-coronel Mauro Cid, que atuava como ajudante de ordens de Bolsonaro.

A decisão do STF reforça a posição da justiça em relação aos atos que ameaçam a estabilidade da democracia brasileira e impõe um importante precedente para futuras ações judiciais envolvendo figuras proeminentes na política nacional. O cenário traz à tona a urgência de um debate sobre a ética e a responsabilidade de líderes políticos em ações que possam comprometer a segurança e a governabilidade do país.

Perspectivas futuras

Com o desfecho desse julgamento, observa-se uma movimentação crescente em torno das implicações que as decisões do STF possam ter sobre o futuro político do Brasil. O cenário revela um contexto de tensões e desafios que exigem atenção redobrada da sociedade civil e dos órgãos governamentais. A continuidade ou a aprovação de novas medidas de segurança e integridade democrática se fazem necessárias em um ambiente onde as instituições enfrentam pressão constante.

As repercussões da decisão do STF podem ainda gerar contornos nas futuras campanhas políticas e nas posturas adotadas pelos eleitores. Assim, é essencial que tanto os cidadãos quanto os candidatos que almejam posições de poder na próxima rodada eleitoral estejam cientes da relevância crítica das ações e decisões políticas que foram julgadas e condenadas nesse momento histórico.

À medida que o Brasil avança, a responsabilidade de garantir a democracia e a justiça é cada vez mais coletiva, exigindo o engajamento e a participação ativa de toda a população na defesa de seus direitos e na luta contra a corrupção e a violência institucional.

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