Na quarta-feira (6), o CEO da Nvidia, Jensen Huang, declarou ao jornal Financial Times que a China está se posicionando para vencer a corrida global pela inteligência artificial (IA), impulsionada pelos subsídios energéticos concedidos pelo governo de Pequim. Durante um evento em Londres, Huang ressaltou que as políticas chinesas estão fortalecendo suas capacidades no setor de chips avançados usados na IA.
China se destaca pelo apoio estatal na energia e tecnologia da IA
Segundo Huang, a China está atrás dos Estados Unidos na liderança em IA, mas os subsídios energéticos do país asiático são uma estratégia que potencializa seu avanço tecnológico. “A China vai ganhar a corrida da IA”, afirmou o executivo, reforçando a importância de os EUA permanecerem na dianteira para captar talentos globais e liderar o desenvolvimento mundial.
O CEO da Nvidia também ressaltou que, enquanto a companhia se tornou recentemente avaliada em US$ 5 trilhões, sua cotação na bolsa recuou para aproximadamente US$ 4,7 trilhões desde então. Ele criticou as restrições impostas pelos Estados Unidos ao impedir a venda de chips de alta gama na China, alegando que essas limitações favorecem Pequim ao impedir o avanço norte-americano no setor.
Restrições dos EUA e impacto na inovação
As proibições, especialmente contra a venda do modelo de chip Blackwell, têm como justificativa o risco de fortalecer a capacidade militar da China, segundo o governo norte-americano. Huang solicitou reiteradamente que Washington flexibilizasse essas restrições, argumentando que elas apenas ajudam Pequim na sua evolução tecnológica.
Além das restrições comerciais, Huang criticou as recentes normativas americanas sobre IA, que, segundo ele, são menos favoráveis em comparação às ações do governo chinês, que subsidia a energia elétrica utilizada na operação de data centers e infraestrutura de IA, incentivando avanços no setor.
Perspectivas globais na corrida pela liderança em IA
O empresário deixou claro que a competição não se resume apenas ao desenvolvimento de chips, mas envolve uma estratégia mais ampla, incluindo políticas públicas de incentivo e subsídios. Huang sugeriu que o esforço dos Estados Unidos para manter a liderança deve ser mais vigoroso para evitar que a China domine o mercado de IA nos próximos anos.
De acordo com o CEO da Nvidia, as ações do governo americano devem priorizar uma maior abertura nas exportações de tecnologia, pois a política atual pode estar atrasando a inovação global e prejudicando a competitividade dos EUA no setor de inteligência artificial.
Para mais detalhes, acesse a matéria original no O Globo.



