Brasil, 7 de dezembro de 2025
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Lula anuncia novo modelo de crédito imobiliário para ampliar oferta de financiamento

Reforma no sistema de poupança visa fortalecer o setor habitacional e favorecer a classe média com novos recursos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (10), uma importante reforma no setor de crédito imobiliário, focada em reestruturar o uso da poupança para ampliar a oferta de financiamentos, especialmente para a classe média. Lula participou do evento Incorpora 2025, em São Paulo, um dos maiores do setor habitacional.

Transformações nas regras do sistema de poupança

Após um período de transição, o total de recursos depositados na poupança passará a ser a principal referência para o uso no setor habitacional, com o fim dos depósitos compulsórios no Banco Central. Essa mudança aumenta o potencial de recursos destinados a financiamentos imobiliários e moderniza as regras do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Expansão do crédito e aumento no número de moradias

Com a nova política, o valor máximo de imóveis financiados pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) será elevado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. A previsão do governo é que a Caixa Econômica Federal consiga financiar até 80 mil novas moradias até 2026, impulsionando o setor imobiliário no país.

Reajuste na captação de recursos e mudanças no mercado de poupança

Hoje, 65% dos recursos captados pelos bancos na poupança devem ser destinados ao crédito habitacional. No entanto, houve uma queda significativa na captação líquida da caderneta nos últimos anos, com retiradas que somaram R$ 87,8 bilhões em 2023 e R$ 15,5 bilhões em 2024. Em 2025, já há um resgate líquido de R$ 78,5 bilhões, impulsionado pelo aumento da taxa Selic, que incentiva aplicações alternativas.

Modernização das regras e incentivo à competição

Segundo o governo, a mudança visa modernizar o direcionamento dos recursos do SBPE, maximizar a poupança como fonte de financiamento e ampliar a oferta de crédito. Com o novo modelo, os bancos poderão usar os recursos captados na poupança para aplicações livres, desde que 80% dos financiamentos sejam feitos pelo SFH, com juros limitados a 12% ao ano.

“O novo modelo aumenta a competição, pois incorpora os depósitos interfinanceiros imobiliários ao direcionamento, o que permite que instituições que não captam poupança também concedam crédito habitacional em condições equivalentes às demais”, afirmou o governo.

Etapas e cronograma de implementação

A transição para o novo sistema será gradual, começando ainda neste ano, e deverá estar plenamente vigente a partir de janeiro de 2027. Durante esse período, o direcionamento obrigatório de 65% dos recursos da poupança continuará válido, com uma redução gradual do volume de depósitos compulsórios no Banco Central de 20% para 15%, e 5% destinados ao novo regime.

Por meio dessas mudanças, o governo busca estimular a construção de novas moradias, fortalecer o setor imobiliário e ampliar o acesso ao crédito para a classe média, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país.

Para mais detalhes, acesse a fonte oficial.

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