Teresina, 5 de fevereiro de 2025
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Por que o dólar caiu? A nova política de Trump e seus efeitos no Brasil

Dólar atinge menor valor em dois meses, cotado a R$ 5,926.
Foto: Diário do Povo.

Nesta quarta-feira (22), o dólar abriu em queda frente ao real, registrando sua menor cotação desde 27 de novembro de 2024. Às 14h27, a moeda americana era negociada a R$ 5,926 para venda no mercado à vista, marcando uma baixa de 1,73%. No mercado futuro da B3, o dólar com vencimento próximo estava cotado a R$ 6,012, uma retração de 0,4%.

O movimento ocorre em meio a um cenário de otimismo cauteloso, com investidores atentos às medidas econômicas do governo brasileiro e ao impacto das primeiras ações da administração de Donald Trump nos Estados Unidos.

Cotação Atualizada

  • Dólar comercial:
    • Compra: R$ 5,925
    • Venda: R$ 5,926
  • Dólar turismo:
    • Compra: R$ 6,06
    • Venda: R$ 6,24

A queda do dólar

Analistas apontam que a desvalorização recente do dólar frente ao real é resultado de um conjunto de fatores internos e externos. Sidney Lima, analista CNPI da Ouro Preto Investimentos, destaca que os ajustes técnicos no mercado e sinais positivos no cenário global têm fortalecido o real. “No contexto doméstico, a melhora na percepção de avanço das reformas fiscais tem contribuído para uma maior confiança dos investidores”, afirmou.

Internacionalmente, a expectativa por uma política fiscal mais moderada nos Estados Unidos e a redução dos pedidos de auxílio-desemprego no país têm gerado otimismo nos mercados emergentes, beneficiando moedas como o real. Contudo, Lima ressalta que o futuro do câmbio está diretamente ligado à continuidade das reformas no Brasil e ao panorama econômico global.

Impacto das reformas fiscais no Brasil

A queda do dólar também reflete a expectativa de avanços em medidas fiscais por parte do governo brasileiro. O anúncio de reformas estruturais e o compromisso com o equilíbrio fiscal têm sido vistos como passos fundamentais para atrair investimentos e estabilizar a economia. No entanto, as incertezas políticas e a complexidade das negociações no Congresso continuam a ser fatores de risco que podem gerar volatilidade no mercado cambial.

Ações do Banco Central

Para mitigar a volatilidade, o Banco Central anunciou a oferta de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar vencimentos previstos para março de 2025. Essa intervenção busca oferecer mais previsibilidade ao mercado e evitar movimentos bruscos no câmbio.

Influência do cenário internacional

As primeiras medidas econômicas de Donald Trump em seu novo mandato estão gerando impacto significativo na economia global, incluindo o Brasil. As promessas de tarifas de importação e uma política fiscal menos agressiva nos Estados Unidos têm favorecido mercados emergentes, fortalecendo o real frente ao dólar. No entanto, essas iniciativas também aumentam a incerteza sobre o comércio global, o que pode influenciar negativamente setores brasileiros dependentes de exportações para os EUA, como o agronegócio e a indústria. O cenário exige cautela nas estratégias econômicas brasileiras para aproveitar as oportunidades sem negligenciar os riscos.

Expectativas para o futuro

Embora a recente queda do dólar seja uma boa notícia para o mercado interno e consumidores, especialistas alertam que a volatilidade no câmbio deve persistir. A trajetória do dólar dependerá de diversos fatores, como a implementação de reformas no Brasil, o comportamento da economia global e as decisões de política comercial nos Estados Unidos.

“Apesar do alívio momentâneo, os riscos fiscais e políticos no Brasil ainda representam uma ameaça ao equilíbrio cambial. Além disso, a complexidade do cenário externo pode trazer novos desafios para a valorização do real”, concluiu Sidney Lima.

A desvalorização do dólar frente ao real nesta quarta-feira reflete um cenário de otimismo moderado, impulsionado por fatores domésticos e internacionais. No entanto, a manutenção desse movimento depende de ações concretas do governo brasileiro e da estabilidade global. Enquanto isso, o mercado segue atento às decisões econômicas e políticas que definirão o rumo do câmbio nos próximos meses.

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