Brasil, 14 de novembro de 2025
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Embaixada dos EUA critica ministro Alexandre de Moraes nas redes sociais

A Embaixada dos EUA voltou a criticar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, destacando a separação de poderes no Brasil.

Neste sábado (9/8), a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil fez uma nova crítica ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de suas redes sociais. A postagem republicou uma declaração feita anteriormente por Christopher Landau, vice-secretário de Estado dos EUA, onde este aponta que um único ministro do STF estaria usurpando poderes, colocando em risco a democracia brasileira.

A crítica intensa à separação dos poderes

Na sua publicação, Landau defendeu a importância da separação de poderes, afirmando que essa estrutura é a maior garantia de liberdade já concebida pela humanidade. Ele destacou que nenhum poder, nem mesmo uma única pessoa, deve deter autoridade excessiva, o que poderia provocar um desvio da democracia. Landau enfatizou que uma separação formal dos poderes se torna irrelevante se um deles tiver meios de controlar os demais.

A separação dos poderes de um Estado é a maior garantia de liberdade já concebida pela humanidade. Nenhum poder, nem mesmo uma pessoa, pode acumular autoridade excessiva se for controlada pelos demais. Mas uma separação formal não significa nada se um dos poderes tiver meios de… https://t.co/CjJolkmYxn

Landau manifestou o desejo de restabelecer uma amizade entre os EUA e o Brasil, mas alertou que a situação atual é complexa e apresenta um “beco sem saída”. Segundo ele, enquanto é sempre possível negociar com líderes, a situação se complica quando um juiz, que deve agir conforme a lei, parece alterar essa dinâmica ao assumir o controle excessivo sobre o Estado.

As implicações das críticas

As declarações de Landau ecoam uma série de críticas direcionadas a Moraes, que recentemente tem estado no centro de controvérsias políticas no Brasil. O ministro é mencionado em relação à Lei Magnitsky, um conjunto de sanções que pode incluir o bloqueio de bens e contas bancárias nos Estados Unidos, além da proibição de entrada no país. Essa medida reflete um endurecimento das críticas contra Moraes em um contexto já tenso.

As críticas da Embaixada dos EUA vêm em um momento em que o governo de Donald Trump enfrenta decisões tomadas por Moraes, especialmente relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O STF, sob a liderança de Moraes, tem atuado em processos envolvendo a tentativa de golpe e a remoção de conteúdos considerados ilegais em redes sociais, o que tem gerado resistência por parte de bolsonaristas e defensores de Bolsonaro.

Contexto político recente no Brasil

A pressão externa sobre Moraes se intensifica em um cenário político delicado. A polarização e os conflitos entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário aumentam a complexidade da governança no Brasil. As declarações da Embaixada dos EUA refletem preocupações com a integridade da democracia brasileira e a função que as instituições devem desempenhar. O apoio a Moraes por um certo setor da sociedade contrasta com as acusações feitas pelos apoiadores de Bolsonaro e de seus aliados, levando a um clima de tensões e incertezas que permeiam a política nacional.

Além disso, a Lei Magnitsky, que já sanciona Moraes, levanta questões sobre o papel dos EUA em influenciar a política interna de nações soberanas. As sanções poderão ter ramificações ainda mais profundas, especialmente se as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos continuarem a se deteriorar.

No entanto, a Embaixada dos EUA também diz que quer encontrar maneiras de trabalhar de forma colaborativa com o Brasil, ressaltando a importância de um diálogo aberto sobre questões delicadas e políticas que afetam a população de ambos os países.

As próximas semanas podem trazer novos desdobramentos nessa relação conturbada, tanto no Brasil quanto nas relações internacionais, à medida que continuamos a acompanhar a evolução desta crítica contundente da Embaixada dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes.

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