Brasil, 20 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Morre aos 93 anos José Maria Marin, ex-presidente da CBF

Ex-presidente da CBF, José Maria Marin, faleceu na madrugada de domingo; sua trajetória marcada por polêmicas e investigações.

O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e advogado José Maria Marin faleceu na madrugada deste domingo (20/7), aos 93 anos. Ele estava em casa, em São Paulo, quando passou mal e foi levado para o Hospital Sírio-Libanês, mas não resistiu. Marin, figura emblemática do futebol brasileiro, comandou a CBF de 2012 a 2014.

A trajetória de José Maria Marin na CBF

José Maria Marin assumiu a presidência da CBF após a renúncia de Ricardo Teixeira em 2012. Durante sua gestão, que se estendeu até 2014, a entidade enfrentou diversos desafios, incluindo críticas sobre a organização de eventos e a transparência das suas ações. A sede da CBF, inaugurada em 2014, foi inicialmente batizada em homenagem a Marin, mas o nome foi removido após sua prisão.

Controvérsias e prisão

Marin se tornou uma figura controversa após ser preso na Suíça em 2015, durante uma operação do FBI que investigava corrupção na FIFA. Ele foi acusado de receber US$ 6,5 milhões em propina para assinar contratos de direitos comerciais das copas Libertadores, do Brasil e América. Após sua condenação nos Estados Unidos, Marin cumpriu pena em prisão domiciliar em Nova York.

A libertação e seu legado

Liberado em 2020 por questões de saúde durante a pandemia de Covid-19, Marin deixou um legado repleto de polêmicas, refletindo a complexidade da administração da CBF e das relações no futebol mundial. Sua gestão coincidiu com momentos de grande pressão e crises na entidade, que se traduziram em um ambiente conturbado, onde acusações de corrupção e falta de ética estavam em evidência.

A atualidade da CBF e mudanças na sede

Na presidência de Rogério Caboclo, de 2018 a 2023, a CBF passou por um processo de reestruturação. Durante esse período, a placa com o nome de José Maria Marin foi retirada da sede da confederação, que atualmente exibe apenas a frase: “Casa do Futebol Brasileiro”. Essa mudança reflete uma nova fase da CBF, que busca distanciar-se das polêmicas do passado e restaurar sua imagem.

Marin deixa para trás um legado ambíguo, onde se entrelaçam as conquistas e os escândalos. O reconhecimento de sua figura no futebol brasileiro será, sem dúvida, marcado por esses contrastes. Enquanto muitos lembram de suas contribuições à CBF e ao futebol nacional, outros não podem esquecer as sérias acusações que influenciaram sua trajetória.

O impacto no cenário esportivo brasileiro

A morte de José Maria Marin provoca reflexões sobre a governança no esporte e os desafios enfrentados pelas instituições que buscam equidade e transparência. A CBF, agora sob nova administração, terá a responsabilidade de garantir que o legado de Marin, embora controverso, sirva como um alerta sobre a necessidade de ética e responsabilidade no meio esportivo.

O falecimento do ex-dirigente é uma oportunidade para reavaliar não apenas a história da CBF, mas a relação do futebol brasileiro com a corrupção e a transparência nas suas gestões. A partir de agora, é crucial que a confederação atue de maneira a evitar os equívocos do passado e reconquiste a confiança dos torcedores e dos interessados no desenvolvimento do esporte no país.

Com a morte de Marin, o cenário do futebol no Brasil enfrenta um novo capítulo, e cabe a seus novos líderes guiar a CBF em direção a um futuro mais ético e responsável.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes