Brasil, 20 de julho de 2025
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Fim da licença de Eduardo Bolsonaro e futuro incerto na Câmara

Eduardo Bolsonaro encerra sua licença neste domingo e futuro político permanece indefinido, com reuniões programadas após operação da PF.

O fim da licença do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que ocorre neste domingo (20/7), marca um momento de incertezas tanto para ele quanto para o cenário político. Após quatro meses sem uma definição clara sobre sua estratégia, Eduardo e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciaram que ele deve permanecer nos Estados Unidos. No entanto, o rumo exato que será tomado ainda não foi decidido, intensificando a especulação sobre sua continuidade no mandato.

Polêmica e reunião do PL após operação da PF

A questão da renúncia de Eduardo ou a adoção de outra estratégia já era debatida antes da operação da Polícia Federal (PF) que ocorreu na sexta-feira (18/7), a qual mirou Jair Bolsonaro. Interlocutores afirmam que o PL e a oposição se reunirão na segunda-feira (21/7) em Brasília, e a situação de Eduardo será um dos principais pontos em pauta.

Enquanto isso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mantém-se em silêncio sobre o encerramento da licença de Eduardo, mas não descarta a possibilidade de se reunir com líderes da Câmara para discutir o assunto durante o recesso. Esta situação torna-se ainda mais delicada à medida que novos desdobramentos jurídicos se apresentam.

Possibilidades para a continuidade do mandato

A cúpula do PL está considerando diversas possibilidades para que Eduardo Bolsonaro permaneça no cargo. Dentre as opções, uma se destaca: ele poderá acumular um número determinado de faltas sem perder o mandato, um limite que, segundo o líder Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), permitiria que Eduardo faltasse a até 44 sessões – um total de cinco meses. Um caso semelhante ocorreu com o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que foi destituído de seu cargo por motivos legais.

Outra alternativa discutida, embora avaliada como potencialmente negativa perante a opinião pública, é a proposição de novas licenças, seja por motivos de saúde ou interesse particular. Entretanto, muitos discordam, vendo tais opções como uma manobra para permitir que Eduardo continue a exercer funções enquanto se encontra nos Estados Unidos.

Nova proposta em análise

Uma proposta liderada pelo deputado Evair de Melo (PP-ES) sugere mudanças nas regras internas da Câmara, permitindo que parlamentares possam exercer seus mandatos mesmo fora do Brasil. Essa mudança de regimento poderia abrir espaço para Eduardo e outros colegas que, por motivos diversos, estejam fora do país.

A Mesa Diretora da Câmara já comunicou que o mandato de Eduardo será automaticamente retomado após o término de sua licença neste 20 de julho, o que faz com que a pressão para encontrar uma solução rápida e eficaz seja ainda maior.

Implicações da operação da PF

No último dia 18 de julho, a Polícia Federal realizou uma operação que envolveu a busca e apreensão na residência de Jair Bolsonaro e na sede do PL em Brasília. Durante a operação, objetos como um pen drive e o celular do ex-presidente foram confiscados. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes impôs a obrigatoriedade de uso de uma tornozeleira eletrônica para Jair, bem como a proibição de contatos com Eduardo, que é investigado no mesmo inquérito.

Esses novos desdobramentos aumentam a pressão sobre Eduardo, que está nos Estados Unidos desde março e é apontado como um dos articuladores na tentativa de sanções contra o Brasil. O deputado, por sua vez, celebrou publicamente uma decisão do ex-presidente Donald Trump, que impôs taxas altíssimas a produtos norte-americanos, um reflexo da relação muito próxima entre eles.

Jair Bolsonaro, em sua defesa, alegou ser alvo de uma “perseguição”, negando sua participação em qualquer tentativa de golpe de Estado e chamando o uso da tornozeleira de “suprema humilhação”. A situação caótica para a família Bolsonaro reflete uma intrincada rede de desafios e decisões que os integrantes da família agora precisam enfrentar.

O futuro político de Eduardo Bolsonaro continua envolto em incerteza, e as discussões em Brasília nas próximas semanas serão decisivas para determinar qual o caminho que ele e seu partido escolherão. O próximo encontro marcado para o dia 21 poderá trazer mais clareza sobre essa situação crítica.

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