Brasil, 20 de julho de 2025
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Vulcão subaquático no Oregon ameaça erupção iminente

Atividade sísmica intensa no Axial Seamount pode indicar uma erupção próxima, segundo especialistas em vulcanologia.

A costa do Oregon está em alerta. O Axial Seamount, um enorme vulcão subaquático localizado a cerca de 300 milhas da costa e a quase uma milha abaixo da superfície do oceano, tem sido abalado por centenas de pequenos terremotos diariamente. Este fenômeno pode ser um sinal de que uma erupção é iminente.

Atividade sísmica crescente no Axial Seamount

De acordo com cientistas, a atividade sísmica no Axial Seamount aumentou significativamente nos últimos dias. Atualmente, são detectados cerca de 100 terremotos por dia, com picos atingindo até 300. Embora os tremores sejam pequenos, com magnitude entre 1 e 2, eles são frequentes e indicam que o magma está se movendo para cima através de fissuras no vulcão.

William Wilcock, professor de oceanografia na Universidade de Washington, observa que se a atividade sísmica ocorresse perto de áreas habitadas, evacuações já estariam em andamento. A preocupação se intensifica à medida que a pressão interna se acumula, um precursor comum para erupções vulcânicas.

Previsões e incertezas sobre a erupção

Os especialistas acreditam que o vulcão pode entrar em erupção a qualquer momento, embora as melhores estimativas apontem para um possível evento entre julho de 2026 e maio de 2027. Historicamente, durante a erupção em 2015, o Axial Seamount experimentou um aumento exponencial de terremotos, começando com 500 por dia e subindo para 2.000 antes de entrar em erupção.

O processo de subida do magma até a superfície tem se mostrado irregular nesta ocasião. Isso se deve ao fato de que o magma está ascendendo por um caminho complicado e irregular, tornando a previsão da erupção mais desafiadora. Segundo Wilcock, “Ainda acreditamos que haverá algum aviso, mas vulcões tendem a surpreender as pessoas”.

Preparativos e monitoramento contínuo

Para monitorar a atividade do Axial Seamount, uma série de sensores ultra-sensíveis foram instalados, incluindo sismos subaquáticos e estações de GPS, a fim de registrar cada tremor e aumento de pressão nas profundezas do oceano. Além disso, a inflação do vulcão, ou o inchaço lento à medida que o magma preenche a câmara abaixo, também é um sinal de alerta.

Atualmente, o vulcão está subindo a cerca de 20 centímetros por ano, um ritmo que ainda é significativo, mas menos previsível. Wilcock afirma que “desta vez, a inflação tem sido muito errática; ela disparou rapidamente antes de praticamente parar”. Essa incerteza torna as previsões ainda mais difíceis.

Possíveis consequências de uma erupção

Quando o Axial Seamount finalmente entrar em erupção, a quantidade de terremotos poderá aumentar drasticamente, de cem por dia para até 10.000 em um único dia. A combinação de atividade sísmica e inflacionária sugere que a câmara de magma está se preparando para um grande evento.

Uma erupção como a que ocorreu anteriormente poderia resultar na formação de “lavas em travesseiro”, grandes tubos de rocha derretida que se solidificam rapidamente ao entrar em contato com a água do mar. Durante a erupção de uma década atrás, 8.000 terremotos foram registrados, com o fundo do oceano submergindo quase 2,5 metros.

Os cientistas acreditam que a localização remota do Axial Seamount significa que uma erupção não representaria uma ameaça direta à vida humana. No entanto, a pesquisa sobre este vulcão poderia melhorar a capacidade de prever erupções em vulcões próximos que sim oferecem risco, como o Monte Rainier, localizado apenas a 240 milhas ao leste.

Cidades importantes como Seattle, Tacoma e Yakima, em Washington, estão sob a sombra do Monte Rainier, um dos vulcões mais ativos da região. Especialistas afirmam que uma erupção deste vulcão é apenas uma questão de tempo, o que representa um risco significativo para quase 90.000 pessoas que vivem nas proximidades.

À medida que a situação do Axial Seamount evolui, cientistas continuam a monitorar de perto as atividades sísmicas, prontos para agir conforme novas informações se desenrolam.

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