Neste sábado, 19 de julho, o Brasil celebrou sua primeira medalha de ouro nos Jogos Mundiais Universitários (JMU) 2025, realizados em Essen, na Alemanha. A atleta Maria Clara Pacheco, de 21 anos, destacou-se no taekwondo ao vencer a tunisiana Chaima Toumi na final da categoria até 57 quilos. O resultado, com parciais de 3/2 e 5/3, simboliza não apenas uma conquista pessoal, mas também um momento de orgulho para o esporte brasileiro, especialmente após as recentes competições no cenário internacional.
Desafios enfrentados pela atleta
A jornada de Maria Clara na competição não foi fácil. Apesar de estar enfrentando problemas de saúde que incluíam náuseas e fraqueza, ela superou suas limitações físicas com garra. “Foi uma luta mais de coração. Hoje eu estou bem doente. Eu comi alguma coisa que me fez mal. Desde a primeira luta eu estava me sentindo meio fraca”, declarou a atleta. Com o apoio da fisioterapeuta da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), ela conseguiu se recuperar a tempo de lutar e garantir a medalha de ouro.
A vitória de Maria Clara não apenas fechou o dia em grande estilo, mas também provocou uma explosão de alegria entre os torcedores brasileiros presentes. Ela recebeu uma calorosa ovada da torcida local em Messe Essen, onde a competição foi sediada. “Eu queria muito que acontecesse. Eu vim sonhando com isso, em ser a primeira medalhista de ouro”, destacou, emocionada com a recepção calorosa que recebeu dos fãs. Essa vitória representou um momento de redempção, especialmente após uma performance decepcionante nos Jogos Pan-Americanos, onde ela perdeu na final.
A trajetória brilhante em 2025
Além de seu desempenho excepcional nos JMU, Maria Clara Pacheco tem colecionado vitórias nesta temporada. Apenas um mês antes de conquistar o ouro da JMU, ela brilhou no Grand Prix de Taekwondo em Charlotte, nos Estados Unidos, derrotando a chinesa Luo Zongshi, que havia a eliminado nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, demonstrando sua resiliência e capacidade de recuperação.
“Foi um começo de ano bem puxado, bem intenso, mas todas as medalhas foram douradas. Não tenho do que reclamar”, finalizou a atleta. Essa poderosa declaração reflete a trajetória ascendente da jovem atleta, que está moldando seu caminho no cenário do taekwondo mundial. Maria Clara já se mostra uma promessa sólida para o futuro, inspirando jovens talentos no Brasil a seguir seu exemplo.
Outras conquistas do Brasil nos Jogos
O brilho do Brasil no taekwondo não se resumiu apenas à vitória de Maria Clara. O país também garantiu uma medalha de bronze através de Matheus Giilliard Gonçalves Silva, que competiu na categoria até 54 quilos. Ele alcançou a semifinal, mas foi derrotado pelo canadense Nithan Brindamohan, que posteriormente conquistou a medalha de ouro.
A performance de ambos os atletas elevou o moral da delegação brasileira, refletindo o potencial do país no esporte e a dedicação dos atletas, mesmo diante de dificuldades. Essa combinação de esforço, superação e reconhecimento é um testemunho da paixão que os brasileiros têm pelo esporte e do desejo de ver suas bandeiras erguidas em competições internacionais.
O sucesso no JMU 2025 reafirma a força do taekwondo brasileiro e promete um futuro ainda mais brilhante para os jovens talentos que sonham em brilhar em competições mundiais.
Maurício Costa viajou à Alemanha a convite da CBDU.
