Brasil, 20 de julho de 2025
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Advogados suspeitos de assassinato usavam notas fiscais falsas em esquema

Dois advogados e cinco outros suspeitos foram presos pela polícia em um caso envolvendo o assassinato de um casal de empresários.

Um caso chocante de assassinato no interior de São Paulo ganhou destaque nas últimas semanas. Dois advogados, suspeitos de serem os mandantes do crime que vitimou um casal de empresários, foram presos após investigações apontarem que eles falsificavam notas fiscais para transferir bens das vítimas para seus nomes. A Polícia Civil revelou que o objetivo desses advogados era obter acesso ao patrimônio multimilionário de José Eduardo Ometto Pavan, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61 anos, cujos corpos foram encontrados em São Pedro.

As Prisões e Investigações

Até o momento, sete pessoas foram presas em conexão com o duplo homicídio, segundo a Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic). Os envolvidos foram classificados como mandantes, executores e fornecedores da arma utilizada no crime. As investigações revelaram que o casal de advogados, Hércules Praça Barroso e Fernanda Morales Teixeira Barroso, tinha um histórico de mais de dez anos de trabalho com as vítimas.

A relação deles com José Eduardo e Rosana teve início em 2013, quando o casal adquiriu 16 flats em São Carlos, SP. Após vender esses imóveis, os advogados passaram a agir como defensores das vítimas, mas segundo a polícia, essa relação evoluiu para um esquema de transferência de bens, onde os advogados supostamente se apropriaram de imóveis avaliados em pelo menos R$ 12 milhões.

O Esquema de Falsificação de Documentos

A investigação identificou que os advogados não apenas manipulavam contratos, mas também falsificavam guias de Documentos de Arrecadação de Receitas Estaduais (Dares) e notas fiscais. A delegada Juliana Ricci explicou que, para legalizar a prestação de serviços, os advogados geraram contratos de dação em pagamento, transferindo bens das vítimas para si mesmos. Documentos falsificados com valores significativamente superiores aos reais foram uma das táticas utilizadas no esquema.

Um exemplo citado durante as investigações foram notas fiscais falsas que apresentavam valores de R$ 510 mil e R$ 823 mil, quando os registros originais apontavam valores de R$ 510 e R$ 823. A Prefeitura de São Carlos confirmou que os valores não correspondem às notas reais.

Participações dos Suspeitos no Crime

A polícia detalhou as participações de cada envolvido. Hércules e Fernanda foram indicados como os mandantes do crime, motivados pelo desejo de se apropriar do patrimônio do casal. Carlos César Lopes de Oliveira, conhecido como “Césão”, e Ednaldo José Vieira, conhecido como “Índio”, teriam sido os executores do crime, recebendo promessas de recompensas milionárias pela morte de José Eduardo e Rosana.

A defesa dos advogados argumenta que as provas contra eles são frágeis e que as relações eram apenas de prestação de serviços advocatícios, onde os honorários eram pagos através de imóveis e não em dinheiro. A defesa prometeu provar a inocência do casal.

O Fornecimento da Arma do Crime

Três outros homens, entre 29 e 60 anos, foram presos por supostamente fornecerem a arma utilizada no crime. Durante as buscas, a polícia apreendeu a pistola. Em depoimento, eles alegaram não ter ciência de que a arma seria usada para um homicídio. A situação deles continua em investigação pela Deic.

Esse caso chama a atenção não apenas pela gravidade do crime, mas pelas implicações éticas e legais que envolvem a atuação de advogados em situações tão perigosas. A sociedade espera que justiça seja feita e que todos os envolvidos sejam responsabilizados por suas ações. As investigações continuam, e a expectativa é de que novos desdobramentos sejam anunciados em breve.

Para mais informações sobre outros casos e atualizações na investigação, continue acompanhando as notícias locais.

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