Brasil, 19 de julho de 2025
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NEOM enfrenta desafios após partida de Al-Nasr e incertezas em Sindalah

A saída de Al-Nasr e as paralisações em Sindalah levantam questões sobre o futuro do projeto NEOM, ambicioso empreendimento da Arábia Saudita.

Após a partida de Al-Nasr no final do ano passado, o projeto NEOM, que visa transformar uma parte do noroeste da Arábia Saudita em um novo centro urbano, decidiu implementar uma auditoria. Esta decisão surgiu logo após a inauguração do projeto Sindalah, uma ilha de luxo de US$ 4 bilhões, que deveria demonstrar o potencial do NEOM e conquistar a confiança dos céticos sobre o progresso do projeto. Entretanto, mesmo após uma festa de lançamento extravagante em outubro, Sindalah foi fechada e seu futuro permanece incerto.

Desafios e relocação de funcionários

Desde 2020, quando o NEOM transferiu sua sede para a região noroeste da Arábia Saudita, a equipe teve que se mudar para o que era, até então, uma área remota e pouco habitada. Os funcionários foram acomodados em cabanas temporárias, beneficiando-se de refeitórios, academias e escolas que funcionam ininterruptamente. Esta vida confortável, no entanto, gerou descontentamento entre a gerência, que ficou preocupada com imagens divulgadas em vídeos virais mostrando a vida no acampamento.

Atualmente, a empresa já possui escritórios em Riade, que estão prestes a passar por uma ampliação conforme as propostas atuais. O foco nas operações da empresa se estreita, enquanto se busca uma maior centralização das atividades em Riade. Essa mudança pode ser uma estratégia do Fundo de Investimento Público (PIF) para reforçar a supervisão do projeto.

Andamento das obras e grandes iniciativas

O trabalho inicial em The Line, uma série de arranha-céus espelhados que devem se estender por 170 quilômetros, vem sendo realizado há alguns anos. Contudo, o diretor do projeto indicou que a prioridade atual é a conclusão de uma parte menor das torres até 2030. Além disso, o desenvolvimento da cidade industrial e do porto conhecido como Oxagon está em andamento, juntamente com a construção de uma das maiores plantas de hidrogênio verde do mundo. O NEOM também se comprometeu a entregar Trojena, que sediará os Jogos de Inverno da Ásia em 2029.

Supervisão e revisão estratégica

Mike Cheung, chefe de auditoria do PIF, tem dedicado mais tempo ao NEOM para liderar uma revisão do progresso e dos gastos do projeto. De acordo com declarações de Al-Nasr, o NEOM empregava cerca de 5.000 funcionários em tempo integral, de 100 países, incluindo sauditas, europeus e americanos. Adicionalmente, 140.000 contratados estavam também trabalhando no local.

Em meio a esses desafios e mudanças, a Arábia Saudita está buscando contratar um consultor para uma “revisão estratégica” de The Line, a cidade linear futurista que deve ser o coração do NEOM, conforme reportado pela Bloomberg esta semana.

Esses desdobramentos levantam questões sobre o futuro do NEOM e a viabilidade de seus ambiciosos planos em um cenário de constante reavaliação e necessidade de supervisão renovada. Com o governo saudita sob pressão para entregar resultados tangíveis de seus investimentos em inovação e modernização, o tempo dirá se o projeto poderá superar as incertezas atuais e se tornará um símbolo do futuro avançado que a Arábia Saudita almeja.

Enquanto isso, a expectativa e a vigilância do público continuam a aumentar, ressaltando a importância de transparência e resultados no desenvolvimento de NEOM e suas várias componentes.

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