Brasil, 19 de julho de 2025
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Jardênia Félix estabelece recorde no salto em distância paralímpico

A medalhista paralímpica Jardênia Félix alcançou 5,94 m em São Paulo, buscando garantir sua vaga no Mundial da modalidade.

No último dia 18 de agosto, a medalhista paralímpica Jardênia Félix fez história ao estabelecer a melhor marca do salto em distância da classe T20 (deficiência intelectual) em 2025, durante o Desafio Brasil de Atletismo, realizado em São Paulo. A atleta potiguar, de apenas 21 anos, conseguiu saltar 5,94 metros no Centro de Treinamento Paralímpico, em uma competição que contou com a participação de 125 atletas paralímpicos e 191 olímpicos.

Uma oportunidade para o Mundial

A competição, organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), serviu como a última chance para os atletas paralímpicos buscarem índices para o Mundial que ocorrerá entre 26 de setembro e 5 de outubro em Nova Déli, na Índia. Embora a performance tenha sido impressionante, Jardênia ainda precisa alcançar a marca mínima de 6,05 m definida pelo CPB para garantir sua participação no Mundial. O Brasil será representado por uma delegação de 50 atletas na competição na Índia, com os medalhistas de ouro nas Paralimpíadas de Paris, em 2024, assegurando suas vagas.

A determinação de Jardênia Félix

A marca atingida por Jardênia, embora notável, ficou 0,02 m abaixo do recorde paralímpico da classe T20, feito pela polonesa Karolina Kucharczyk, que saltou 5,96 m nos Jogos de Tóquio em 2021. Vale ressaltar que na Paralimpíada de Paris, Jardênia conquistou a quinta colocação com um salto de 5,82 m.

“Passei recentemente por momentos difíceis na vida pessoal. É uma explosão de felicidade. Com essa marca, estamos mais próximos de conseguir ir para o Mundial”, declarou a atleta ao site oficial do CPB.

Jardênia, que também competiu nos 400 m, revelou sua ambição: “Vou lá buscar minha medalha. Sei que temos grandes chances. Temos feito mais de 6 metros nos treinos e sabemos que podemos mais.” Sua determinação é admirável, especialmente considerando que aos 17 anos já havia conquistado uma medalha paralímpica em Tóquio nos 400 metros.

Representação brasileira e novos índices para o Mundial

Outros atletas também se destacaram durante o Desafio Brasil. O paulista Henrique Caetano, que foi quarto em Paris, conseguiu cravar 11s60 nos 100 m da classe T35 (paralisia cerebral), superando a marca mínima de 11s63. Já Edson Cavalcante, do Acre, alcançou o índice ao fazer 11s15 nos 100 m da classe T37, quando o necessário era 11s20.

No Desafio Brasil anterior, realizado no dia 13 de agosto, mais dois atletas do Brasil já haviam garantido suas vagas para Nova Déli. O maranhense Bartolomeu Chaves, atual campeão mundial, correu os 400 m da classe T37 em 50s16, enquanto a potiguar Clara Daniele finalizou os 100 m da classe T12 (baixa visão) em 11s81, superando a marca mínima de 12s05.

Histórico e tradição no atletismo paralímpico

Vale lembrar que o último Mundial de Atletismo Paralímpico ocorreu em Kobe, no Japão, em 2024, onde o Brasil conquistou o impressionante segundo lugar no quadro de medalhas, somando 19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes, totalizando 42 pódios. Essa foi a campanha mais exitosa do país no evento, superando o desempenho anterior em Lyon, na França, em 2013.

Com a participação de atletas talentosos e determinados como Jardênia, o Brasil tem muito a oferecer na busca pelo reconhecimento e pela medalha em Nova Déli. O espírito competitivo e a dedicação dos atletas brasileiros prometem fazer da próxima competição um espetáculo emocionante.

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