Nesta sexta-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a operação da Polícia Federal que investiga Bolsonaro não deve afetar as negociações em andamento sobre tarifas comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Alckmin destacou a importância da independência dos Poderes para o funcionamento do Estado de Direito.
Operação contra Bolsonaro e impacto nas negociações
A ação policial, autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, incluiu busca e apreensão na casa do ex-presidente e na sede do partido PL. Além disso, Bolsonaro ficou proibido de usar redes sociais, conversar com investigados, se aproximar de embaixadas e deverá permanecer em casa das 19h às 6h.
Segundo Alckmin, as medidas adotadas pelo STF não interferem nas negociações tarifárias com os Estados Unidos. “Não pode e não deve porque a separação dos Poderes é a base do Estado de Direito, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos”, afirmou. “A relação entre política tarifária, que é regulatória, e questões de outros Poderes é um precedente muito ruim”, acrescentou.
Contexto das investigações e posições oficiais
A operação na Polícia Federal foi motivada por indícios de que Bolsonaro tentava deixar o país e buscava articulações com o governo americano para dificultar as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022. A defesa do ex-presidente classificou as medidas como “severas”, afirmando que Bolsonaro sempre colaborou com a Justiça.
Reações e próximos passos
Alckmin também mencionou que o governo brasileiro continuará aberto ao diálogo e à negociação na questão tarifária. Ele reforçou que o Brasil possui superávit comercial com os EUA e que só recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas se a situação se concretizar.
Após quatro dias de reuniões com setores prejudicados pelos aumentos tarifários, o vice-presidente destacou a necessidade de diálogo para solucionar o impasse, sem permitir que questões políticas interfiram nas relações comerciais.
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