Brasil, 19 de julho de 2025
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Favorecida pelas favelas, Shopee lidera mercado de e-commerce entre comunidades brasileiras

Pesquisa revela que a Shopee é a plataforma favorita de compras online nas favelas, destaque por foco em vestuário e estratégia de gamificação

Dados de uma pesquisa do Instituto Data Favela, divulgada nesta sexta-feira (18), apontam que a Shopee é a plataforma de e-commerce mais utilizada pelos moradores de favelas no Brasil. A preferência é atribuída ao portfólio de roupas e à estratégia de gamificação, que atrai consumidores das comunidades, segundo especialistas.

Shopee domina na preferência de moradores de favelas

O estudo ouviu 16,5 mil pessoas em cerca de 12,3 mil favelas, responsáveis por uma renda total de aproximadamente R$ 300 bilhões anuais, o que representa 8% dos lares brasileiros. A pesquisa aponta que 60% desses moradores costumam comprar produtos pela internet, com destaque para roupas, perfumes e itens de beleza.

Renato Meirelles, fundador do Data Favela, explica que “a posição da Shopee no ranking tem a ver com portfólio, mais ligado a roupas do que o Mercado Livre”. Ele acrescenta que a plataforma também se diferencia por sua abordagem lúdica, com jogos internos que distribuem cupons de desconto e estimulam a compra.

Estratégias de sucesso impulsionam liderança da Shopee

Roberto Kanter, professor de marketing da FGV e diretor da consultoria Canal Vertical, afirma que a gamificação é um dos principais fatores para o domínio da Shopee entre essa camada social. “O lado lúdico, com jogos que distribuem cupons, faz toda a diferença”, afirma.

De acordo com dados de um estudo do banco Citi de janeiro de 2025, a Shopee lidera em usuários ativos mensais no Brasil, com cerca de 50 milhões de acessos, seguida pelo recém-chegado Temu, com 39 milhões, e pelo Mercado Livre, com 37 milhões.

Desafios e hábitos de consumo na favela

No entanto, 40% dos entrevistados ainda não utilizam plataformas de e-commerce, enfrentando problemas como atrasos na entrega ou dificuldades em localizar os endereços. O estudo revela que o consumo nessas comunidades também é uma forma de expressar conquista e esperança de prosperidade, com 78% dos moradores relatando esforço para adquirir produtos que não tiveram acesso na infância.

Entre os participantes, 85% sentem-se realizados ao economizar e alcançar metas de compra, enquanto metade já se sentiu constrangida por não usar marcas de alta moda, evidenciando o papel emocional e social do consumo.

Perspectivas e impacto social do comércio eletrônico nas favelas

Especialistas destacam que o crescimento do e-commerce nas comunidades representa uma oportunidade de inclusão social e econômica, apesar dos obstáculos logísticos ainda existentes. A preferência pela Shopee reforça a importância de estratégias que envolvem entretenimento e incentivo ao consumo.

Segundo Roberto Kanter, o hábito de consumo serve como uma forma de diversão para as classes C e D, proporcionando satisfação e compensação diante das dificuldades diárias.

Para saber mais detalhes da pesquisa, acesse o fonte na Globo.

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