Brasil, 20 de julho de 2025
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Calor extremo ameaça atletas na Copa do Mundo de 2026

Temperaturas recordes durante o Mundial de 2026 podem colocar em risco a saúde dos jogadores e desafiar as medidas de proteção do FIFA.

Com o aumento de eventos esportivos em ambientes de calor extremo, a próxima Copa do Mundo de 2026, que acontecerá nos Estados Unidos, Canadá e México, enfrenta desafios relacionados à proteção dos atletas contra temperaturas elevadas e condições climáticas severas. Durante a disputa do Mundial de Clubes, realizado em julho de 2025 nos Estados Unidos, vários jogadores enfrentaram ondas de calor intensas, levantando preocupações sobre o bem-estar dos atletas na competição global.

Impactos do calor extremo na preparação e desempenho dos jogadores

Durante o Mundial de Clubes realizado no MetLife Stadium, em Nova Jersey, temperaturas chegaram a 98,6°F (37°C), tornando-se um teste para a resistência física dos atletas. Chelsea, por exemplo, enfrentou dificuldades para treinar devido ao calor excessivo, enquanto jogadores relataram sintomas como tontura e fadiga. Enzo Fernández, do Chelsea, chegou a deitar-se no chão após sentir-se muito indisposto durante uma semifinal disputada às 15h.

Riscos à saúde sob o efeito das ondas de calor

Segundo Madeleine Orr, professora de ecologia do esporte na Universidade de Toronto, o calor extremo pode levar a sérias complicações, como insolação por esforço, fadiga, cãibras e náuseas, que podem evoluir para condições mais graves, incluindo o golpe de calor. Com o aumento da frequência de ondas de calor devido às mudanças climáticas, atletas de diversas modalidades enfrentam maiores riscos de lesões relacionadas ao calor.

Desafios e preocupações relacionadas à Copa de 2026

O aumento nas ondas de calor coloca em xeque o planejamento de eventos esportivos em regiões vulneráveis ao clima. A realização da Copa do Mundo em países com temperaturas elevadas traz à tona a necessidade de medidas mais efetivas de proteção, como intervalos de descanso adequados e estratégias de resfriamento aos atletas. Caso disso é a decisão do FIFA de estabelecer períodos de descanso mínimo entre partidas, contudo, críticos apontam que as ações ainda são insuficientes.

Questionamentos sobre a segurança dos atletas e medidas adotadas

Durante o Mundial de Clubes, a FIFA afirmou ter alcançado um consenso sobre o período de descanso de 72 horas entre jogos, além de uma pausa de três semanas entre temporadas. No entanto, a FIFPRO, sindicato que representa mais de 66 mil jogadores profissionais, denunciou falta de diálogo e criticou a prioridade econômica na organização do calendário de competições.

De acordo com Sergio Marchi, presidente da FIFPRO, “temos alertado para o calendário sobrecarregado e a ausência de diálogo com a FIFA. A forma de organizar os torneios prioriza lucros, e não a sustentabilidade humana dos atletas.”

Normas de segurança e limites de exposição ao calor

As diretrizes da FIFA preveem pausas de resfriamento durante as partidas quando a Temperatura do Globo umidade (WBGT) atingir 89,6°F (32°C), considerando fatores como umidade, velocidade do vento e incidência solar. Ainda assim, especialistas alertam que, diante das temperaturas crescentes, medidas atuais podem não ser suficientes para garantir a segurança dos jogadores.

À medida que o clima global se aquece, o esporte internacional precisa adaptar suas estratégias para proteger a saúde dos atletas, sobretudo em torneios em regiões mais vulneráveis ao calor extremo. O risco de lesões térmicas e problemas de saúde relacionados ao calor reforça a urgência de políticas efetivas de prevenção e proteção no calendário esportivo mundial.

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