Brasil, 19 de julho de 2025
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Ataque à igreja em Gaza e a escalada absurda da guerra

Imagens do ataque revelam a difícil realidade dos civis em Gaza, clamando por paz e justiça.

O recente ataque à Igreja da Sagrada Família em Gaza, atingida por um tiro de tanque do exército israelense, levanta questões alarmantes sobre a segurança dos civis e a escalada do conflito na região. De acordo com informações, 500 pessoas, incluindo famílias que perderam suas casas, vivem no complexo da igreja, que abriga duas igrejas e uma escola. A tragédia resultou na morte de três pessoas e deixou outras dez feridas, incluindo Suhail, um dos moradores que escreve para o L’Osservatore Romano. Suhail expressou a esperança de que um dia o amor possa triunfar sobre a guerra, um desejo que ecoa nas vozes dos que vivem em meio ao sofrimento mais intenso.

A resposta das autoridades e a desconfiança da comunidade

A resposta imediata das autoridades israelenses foi pedir desculpas, caracterizando o ataque como um erro. Segundo elas, Israel respeita os locais de culto, prometendo uma investigação. Contudo, essa declaração soou vazia diante dos antecedentes de ataques a igrejas e mesquitas, incluindo o ataque à igreja ortodoxa de São Porfírio, que resultou na morte de dezenas de fiéis. Além disso, há uma expectativa de um ano e meio para a finalização da investigação sobre o assassinato de duas mulheres cristãs na paróquia.

As palavras do embaixador israelense na Itália, Jonathan Peled, trazem mais complexidade à questão. Afirmou que “não se deseja colocar em risco as instituições civis”, mas que “os terroristas estão em toda parte”, até mesmo em locais de culto. Essas declarações revelam a fragilidade da situação: civis indefesos, muitos deles buscando consolo em suas orações, tornaram-se vítimas colaterais de uma guerra que parece não ter fim. É um lembrete trágico de que a luta de poder pode destruir não apenas vidas, mas comunidades inteiras.

O sofrimento comum e a luta por justiça

A mídia vaticana tem se dedicado a destacar o sofrimento não apenas dos cristãos, mas de todos os habitantes da região, que enfrentam um ciclo de violência e massacres, resultando em perdas de vidas inocentes. Sem dúvida, não se esquece do massacre desumano em 7 de outubro de 2023, perpetrado pelo Hamas, que gerou condenações em escala global. No entanto, o que não pode ser esquecido é o sofrimento contínuo de milhares de palestinos, incluindo os cristãos em Gaza, que partilham o mesmo destino trágico em meio a uma tragédia humanitária.

O Papa Leão XIV condenou de forma inequívoca a violência, reforçando que o massacre de inocentes não justifica a onda de represálias e a destruição de cidades inteiras. O silêncio internacional em relação à tragédia em Gaza representa uma falha moral, onde vidas são perdidas e ignoradas, fomentando um ciclo de ódio e dor.

Um apelo à humanidade

É vital que todos reconheçam a necessidade de humanizar o debate sobre o Oriente Médio, buscando soluções e superando o que Leão XIV chamou de “globalização da indiferença”. A guerra não deve ser uma resposta normal às disputas políticas; vidas inocentes são sempre a parte mais afetada. Apelar por mudanças é um convite à comunidade internacional para agir de maneira decisiva e eficaz em busca de paz. A impressão de que a sobrevivência no poder de líderes, tanto em organizações terroristas quanto em Estados, depende da continuidade dos conflitos é alarmante e exige uma reflexão profunda.

As declarações e as ações precisam se alinhar em um esforço conjunto para acabar com o ciclo de violência, promovendo um diálogo que leve à reconciliação e à paz. Que essa tragédia em Gaza sirva como um estopim para um movimento global em direção à solidariedade, a fim de garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua fé ou nacionalidade, possam viver em segurança e dignidade.

A luta pela paz continua e é hora de unirmos nossas vozes em um clamor por justiça e pelo fim dos massacres. O amor deve prevalecer sobre a guerra, como desejado por aqueles que ainda têm esperança em um futuro melhor.

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