Brasil, 20 de julho de 2025
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Andor Season 2 e os paralelos com a fascistização dos dias atuais

Season 2 de Andor revela lições sobre autoritarismo e resistência que ecoam na política moderna dos EUA

A segunda temporada de Andor, disponível na Disney+, mergulha profundamente na dinâmica do fascismo, refletindo as ameaças atuais à democracia nos Estados Unidos. Através de momentos carregados de significado, a série mostra como discursos, silenciamentos e manipulações moldam regimes autoritários e reforçam a importância da resistência.

Discurso de Mon Mothma e os perigos do silêncio

Um dos momentos mais marcantes é o discurso de Mon Mothma, que denuncia o genocídio em uma sessão do Senado, uma clara referência ao genocídio que ocorre na Palestina. Sua fala reforça a necessidade de reconhecer e rotular corretamente esses crimes, mesmo diante de repressões e repudios das massas. O fato de ela ser silenciada por um funcionário imperial evidencia como regimes autoritários buscam apagar a verdade, uma tática comum na história mundial, inclusive no recente cenário político americano, onde a desinformação e o controle da narrativa se tornaram armas poderosas.

A luta pela verdade e o papel da mídia

Durante a fala de Mon, uma funcionária imperial interrompe e silencia o que ela diz, uma cena que espelha o papel de veículos de comunicação alinhados ao poder, que muitas vezes deixam de reportar fatos importantes para não colocar em risco o sistema vigente. Como lembra o artigo da ONU, o controle da informação é uma das pedras angulares do autoritarismo.

Contraste entre elites e o povo

Andor retrata a disparidade entre os ricos e oprimidos, especialmente na cena em que políticos vivem uma vida de luxo enquanto a população sofre. Essa disparidade é semelhante à desigualdade social que vigora na política americana, onde o interesse de poucos muitas vezes prevalece sobre os direitos da maioria. Essa distinção reforça a sensação de impunidade e o desrespeito às necessidades populares, fenômeno evidente na atualidade.

Revoltas e repressões

O episódio do massacre em Ghorman e a insurreição de Ferrix revelam diferentes reações à violência estatal. Enquanto Ferrix luta em silêncio, Ghorman recebe ampla cobertura, ilustrando o que o sociólogo Estudo comparativo discute: a disparidade na atenção global às crises com base na posição social dos afetados.

Propaganda e manipulação

As táticas de propaganda na série exemplificam como regimes totalitários controlam a percepção pública. No cenário atual dos EUA, a manipulação midiática e o achatamento da cobertura jornalística, como a exclusão da imprensa do pool de imprensa na Casa Branca, evidenciam a conformação de uma narrativa oficial que obscurece os fatos.

Violência contra comunidades vulneráveis

Andor mostra cenas de abuso sexual e violência de Estado, como a tentativa de abuso de Bix por um oficial imperial. Isso se assemelha às ações de agentes de imigração e forças de segurança que, atualmente, atacam comunidades imigrantes nos EUA, reforçando um clima de opressão institucionalizada, como aponta a reportagem da MSNBC.

Ascensão e queda de líderes autoritários

Personagens como Cyril Karn ilustram a fascinação por ordem e segurança, mesmo que por meios cruéis, refletindo a psicologia por trás do apoio a regimes autoritários. Segundo o showrunner Tony Gilroy, a obsessão por controle é uma das forças que mantém os indivíduos presos na lógica do fascismo. No cenário dos EUA, essa busca por segurança se manifesta na aceitação de políticas repressivas sob o pretexto de proteção.

O custo da resistência e o silêncio da maioria

Na cena do pedido de ajuda de um líder de Ghorman, a ausência de resposta simboliza a indiferença global frente a genocídios, como o atual conflito na Palestina. É uma lembrança brutal de como o silêncio e a passividade confiam na impunidade e deixam vulneráveis às ações brutais de regimes repressivos.

Degradação dos valores democráticos

Por fim, a temporada mostra a autodestruição dos regimes autoritários, com figuras como Dedra e Patagaz enfrentando suas próprias falhas e perdas. No contexto americano, o alto turnover no governo e a crise de confiança nas instituições indicam que, assim como na ficção, regimes autoritários tendem a se autodestruir quando suas contradições se tornam insustentáveis.

Andor Season 2 serve como um espelho inquietante para o momento político atual, lembrando-nos do perigo do fascismo disfarçado de ordem e do valor de resistir à mentira. Qual é a sua opinião sobre os paralelos entre a série e o cenário político dos Estados Unidos? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!

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