Brasil, 19 de julho de 2025
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Ataques de facção a provedores de internet no Ceará geram prejuízo de R$ 1 milhão

A Polícia Civil prendeu líder criminoso após ataques a provedores de internet em Fortaleza, causando grandes prejuízos e caos no serviço.

Recentemente, o Ceará tem enfrentado uma série de ataques a provedores de internet, orquestrados por facções criminosas que buscam extorquir as empresas do setor. O caso ganhou notoriedade após a prisão do chefe de um desses grupos pela Polícia Civil, destacando a gravidade da situação, que já resultou em um prejuízo estimado de R$ 1 milhão.

Um panorama de medo e prejuízos

Entre fevereiro e março deste ano, diversas empresas de internet em cidades cearenses como Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante foram alvos de ataques brutais. Os criminosos, vinculados à facção Comando Vermelho, não hesitaram em usar violência para impor suas exigências: incêndios de veículos, tiros contra as sedes das empresas e cortes de cabos de internet eram parte do modus operandi da quadrilha.

Segundo o delegado da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, Alisson Gomes, o objetivo dos ataques era extorquir as empresas, forçando-as a repassar uma parte das mensalidades pagas pelos clientes. “Essas ações eram direcionadas àquelas que não se submetem a essa forma de coerção”, afirmou Gomes.

O impacto nas comunidades

As consequências dessa onda de violência não foram sentidas apenas pelas empresas, mas também pelos consumidores, que em muitas localidades ficaram sem acesso à internet. Até o momento, a Secretaria da Segurança Pública e as empresas afetadas não divulgaram o número de clientes prejudicados pelos ataques.

A situação se agravou a ponto de algumas operadoras precisarem suspender suas atividades em certas regiões, deixando muitos sem acesso à internet. O cenário é preocupante, uma vez que, além do impacto econômico, a falta de internet afeta a comunicação e o desenvolvimento de trabalhos e estudos em um mundo cada vez mais digitalizado.

Cronologia dos ataques no Ceará

Abaixo, apresentamos uma cronologia dos principais incidentes registrados que mostram a escalada de violência a partir de fevereiro:

  • 22 de fevereiro: Dois veículos da Brisanet são incendiados no Bairro Jacarecanga, em Fortaleza.
  • 27 de fevereiro: Criminosos vandalizam uma empresa no distrito do Pecém, em São Gonçalo do Amarante.
  • 6 de março: Carro de serviço da Brisanet é incendiado no Conjunto Metropolitano, em Caucaia.
  • 7 de março: Facção destrói várias fiações de uma operadora em Caridade, deixando 90% dos clientes sem internet.
  • 8 de março: Governador do Ceará, Elmano de Freitas, anuncia a formação de um grupo de combate à facção.
  • 9 de março: Uma empresa é atacada em Caucaia, logo após um anúncio de combate a crimes desse tipo.
  • 10 de março: A empresa Acnet tem a fachada alvejada por tiros em Caucaia.
  • 11 de março: Criminosos atacam um veículo da Brisanet, atirando pedras.

Respostas das autoridades

A Polícia Civil, numa ação coordenada, já prendeu 78 pessoas envolvidas nesse tipo de crime desde o início dos ataques. A recente prisão do chefe do grupo criminoso, anunciada nesta quarta-feira (16), é considerada um avanço no combate à desigualdade e ao medo instalado nas comunidades cearenses.

Além disso, uma coletiva de imprensa está agendada para esta quinta-feira (17), onde a Polícia Civil detalhará mais informações sobre a prisão e os próximos passos na investigação. A presença da autoridate busca não apenas esclarecer a situação, mas também reafirmar o compromisso das autoridades em proteger as empresas e cidadãos inocentes que sofrem com a criminalidade.

Conclusão

A luta contra a violência e a exigência de pagamentos indevidos por parte de facções criminosas no Ceará ainda está longe de um fim. No entanto, a resposta das autoridades e a mobilização da sociedade se mostram essenciais para a recuperação da segurança e da normalidade nas operações das empresas de internet. Está cada vez mais claro que, para enfrentar o crime organizado, a união entre o setor público e privado é fundamental.

Os próximos meses serão cruciais no combate a essa criminalidade e na restauração da paz em áreas afetadas por esses atos violentos. A proteção das empresas de internet é não só vital para seus negócios, mas também para a continuidade do serviço essencial que oferecem à população.

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