O ex-presidente Donald Trump voltou a levantar suspeitas envolvendo o escândalo Jeffrey Epstein, associando figuras como Obama, Comey e Biden a supostas informações mentirosas nos documentos do caso. Durante entrevista nesta semana, Trump afirmou que partes do arquivo foram “criadas” por seus adversários políticos, alimentando o clima de suspeita e trazendo novas perguntas sobre sua relação com o financiador acusado de abuso sexual.
Trump associa Barack Obama e outros a arquivos “fabricados”
Ao ser questionado sobre o caso Epstein, Trump declarou que os arquivos foram “manipulados” por ex-dirigentes do FBI e por governos anteriores, incluindo o de Barack Obama e Joe Biden. “Esses arquivos foram feitos por Comey, pelo Obama, pelo Biden, por toda a esquerda”, afirmou o ex-presidente. Segundo ele, essas informações falsas contribuíram para uma “farsa” e uma tentativa de difamar sua administração, numa referência à série de investigações que chamaram de “Russian hoax”.
Trump também sugeriu que informações relevantes poderiam ser divulgadas, mas apenas se forem consideradas “credíveis”, alimentando especulações sobre possíveis revelações futuras. O ex-presidente ainda reforçou sua defesa da Procuradora Geral, Pam Bondi, que liderou a análise inicial dos documentos e, segundo ele, “está lidando bem com a situação”.
O relacionamento de Trump com Epstein sob novos questionamentos
Jeffrey Epstein, que morreu em 2019 enquanto aguardava julgamento por tráfico de menores, tinha uma longa relação de amizade com Trump. Em 2002, Trump chegou a classificar Epstein como um “cara ótimo”, embora tenha afirmado que tinham se afastado anos antes de sua prisão.
Trump declarou, após a prisão de Epstein em 2019, que não tinha mantido contato com o financiador há anos e que “não era um fã”. “Ele era uma figura conhecida em Palm Beach, tivemos um afastamento há muito tempo”, afirmou Trump na época, afastando qualquer ligação recente com o caso. No entanto, registros e fotos dos dois juntos alimentam pontos de controvérsia.
Reações às declarações de Trump e o papel do governo
Na mesma semana, oficiais do governo, incluindo a Procuradora Geral Pam Bondi e o diretor do FBI, Kash Patel, reforçaram o compromisso de transparência na investigação do caso Epstein. No entanto, a divulgação de um memorando pela Secretaria de Justiça, que afirma não haver evidências de que Epstein teria mantido uma “lista de clientes” ou efetuado chantagens, gerou mais dúvidas do que respostas.
Durante uma coletiva sobre mortes por overdose de fentanyl, Bondi foi questionada sobre os comentários de Trump, mas preferiu não comentar: “Este momento é sobre overdoses, não sobre Epstein”, disse ela. Ainda assim, a especulação persiste, com apoiadores de Trump cobrando acesso total aos arquivos do caso.
O que dizem os fatos até agora
Epstein acumulou uma fortuna e conexões para atrair jovens mulheres, que supostamente usava para fins de abuso. Após sua morte, investigações revelaram detalhes sobre seus locais de convivência e possíveis ligações com figuras influentes. A controvérsia envolvendo Trump, Epstein e o governo atual mostra a complexidade de um dos escândalos mais emblemáticos do mundo político e social.
Especialistas avaliam que o clima de desinformação e teorias conspiratórias só aumentam a confusão em torno do caso, que continua sendo alvo de investigações e especulações públicas.
