Brasil, 19 de julho de 2025
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Lula critica Bolsonaro por envio do filho aos EUA para buscar apoio

Presidente chamará Bolsonaro de “covarde” por tentar ajuda internacional em meio a crises políticas

No último dia 11 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou críticas contundentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um evento em Linhares, no Espírito Santo. Lula acusou Bolsonaro de “covardia” por ter enviado seu filho, Eduardo Bolsonaro, aos Estados Unidos para buscar apoio do ex-presidente Donald Trump, em meio a processos judiciais que envolvem o ex-mandatário brasileiro.

A crítica de Lula

Em um discurso acessível e direto, Lula declarou: “Aquela coisa covarde, que preparou um golpe neste país, e não teve coragem de fazer, está sendo processado, vai ser julgado, e ele mandou o filho dele para os Estados Unidos pedir para o Trump fazer ameaça”. A declaração reforça o clima de tensão política que se intensificou nas últimas semanas, refletindo o enfrentamento entre os dois líderes.

A fala de Lula aconteceu durante o lançamento do Programa de Transferência de Renda (PTR) destinado a pescadores prejudicados pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em 2015. O tom crítico do presidente não se limitou apenas a Bolsonaro, mas também se estendeu a Trump, que, segundo Lula, estaria utilizando falsas alegações para justificar uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

As consequências da ação de Eduardo Bolsonaro

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro se afastou das atividades na Câmara e se mudou para os Estados Unidos com sua família. Nas redes sociais, ele tem defendido as ações norte-americanas contra instituições brasileiras, o que agrava a polarização política. Essa mudança de estratégia é vista por alguns analistas como uma tentativa de desviar a atenção de questões internas, utilizando a figura de Trump como um aliado.

A tarifa de Trump como um fator de conflito

Diante da decisão da administração de Trump de aplicar uma tarifação excessiva sobre produtos nipônicos, Lula argumentou que essas medidas são uma resposta a um processo de “caças às bruxas” em relação ao ex-presidente. “Agora, qual é a razão que ele [Trump] aponta a taxação? Primeiro, com base numa mentira, porque os Estados Unidos não é deficitário com o Brasil. Segundo, qual a lógica dele? ‘Ah, não processe o Bolsonaro, parem isso imediatamente’”, ironizou Lula em seu discurso.

A reação do governo brasileiro está em processo de formulação. Lula anunciou a criação de um grupo de trabalho que será coordenado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin para avaliar a melhor estratégia de resposta às tarifas impostas por Trump. O presidente brasileiro ressaltou a intenção de adotar medidas que poderiam aumentar impostos sobre produtos dos EUA, além de suspender acordos comerciais com o país norte-americano, destacando que “esse país não baixará a cabeça para ninguém”.

O que vem a seguir?

O cenário político permanece tenso, com possíveis repercussões acerca das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. A atitude do ex-presidente Jair Bolsonaro e sua ligação com Trump traz à tona debates sobre a influência internacional nas políticas internas brasileiras. As decisões futuras do governo Lula, em resposta à sobretaxa, poderão definir novos rumos nas relações comerciais entre os dois países.

Essas movimentações políticas geram debate entre analistas e cidadãos sobre até que ponto as relações exteriores influenciam na política interna e na economia nacional. Espera-se que o governo Lula apresente suas próximas ações em relação às tarifas de Trump e como isso impactará o Brasil a longo prazo.

Com a polarização crescendo e as tensões aumentando, o futuro da política brasileira, assim como suas alianças internacionais, parecem incertos, mas certamente continuarão sendo um foco de atenção tanto nacional quanto internacional.

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