A produção industrial do Brasil apresentou uma leve alta de 0,1% em outubro, na comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (9/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante de anos marcados por oscilações, o resultado sinaliza estabilização no setor, embora o crescimento ainda seja modesto.
Avanços e recuos por estado no mês de outubro
Os maiores avanços ocorreram nos estados de Goiás (6,5%), Mato Grosso (5,8%), Amazonas (4,1%) e Rio de Janeiro (4,1%). Já os recuos mais significativos foram observados no Rio Grande do Sul (5,7%), Espírito Santo (1,7%), Pará (1,4%) e São Paulo (1,2%).
Os produtos destaque no acumulado do ano incluem atividades de indústrias extrativas na Espírito Santo, com produção de óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural. No Rio de Janeiro, a extratividade de óleos e gás foi relevante, enquanto no Pará, minérios de manganês e de cobre, além de vergalhões de aço ao carbono, lideraram o setor.
Perspectivas de crescimento trimestral
Na comparação trimestral, a média móvel cresceu 0,1% em relação ao período encerrado em setembro. Os estados de Goiás (3,4%), Mato Grosso (2,7%) e Amazonas (1,6%) tiveram destaque nesta evolução.
Comparação com outubro de 2024 e cenário anual
Em relação a outubro de 2024, a retração do país foi de 0,5%. Nesse comparativo, seis locais apresentaram resultados negativos, sendo os recuos mais acentuados no Mato Grosso do Sul (17,8%), Rio Grande do Norte (9,5%) e Mato Grosso (8,2%).
No acumulado do ano, a indústria brasileira cresceu 0,8%, tendo como destaque o Espírito Santo (8,6%), Rio de Janeiro (4,6%) e Pará (3,8%). Contudo, a recuperação sustentável ainda permanece incerta, com sinais de desaceleração em vários estados.
Dados em perspectiva de 12 meses
No período de 12 meses, a alta foi de 0,9%, porém com ritmo de crescimento moderado. A análise regional indica que 11 dos 18 locais pesquisados tiveram taxas positivas, enquanto 12 apresentaram um desempenho inferior ao mês anterior. Pernambuco, por exemplo, saiu de uma retração de 9,8% em setembro para 11,9% em outubro, refletindo desaceleração no setor.
Mantendo o ritmo de recuperação
Apesar do cenário de crescimento modesto, o IBGE observa sinais positivos na recuperação do setor industrial, com destaque para estados que, mesmo registrando recuos, mantêm índices relativamente baixos comparados a anos anteriores. A situação evidência que a economia brasileira apresenta sinais de estabilização, mas ainda sem uma retomada vigorosa.
Para acompanhar a evolução do setor, o IBGE continuará monitorando os indicadores de produção do país e das regiões, buscando compreender os fatores que influenciam a retomada econômica.
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