Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Pesquisa Datafolha: 91% dos eleitores não se arrependem do voto em 2022

A pesquisa Datafolha realizada entre 2 e 4 de dezembro de 2025 revela que 91% dos eleitores não se arrependem do voto que deram para presidente nas eleições de 2022. Apenas 8% afirmaram arrependimento, e 1% não respondeu à pesquisa. Esses dados indicam uma sólida convicção entre os eleitores, independentemente de terem votado em Luiz Inácio Lula da Silva ou Jair Bolsonaro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

Perfil dos eleitores arrependidos

Embora a maioria dos eleitores não expresse arrependimento, a pesquisa indica que esse sentimento é um pouco mais prevalente entre certas demográficas. No Sul do Brasil, por exemplo, a taxa de arrependimento chega a 11%. Entre os entrevistados que possuem uma renda de até dois salários mínimos, 10% confessaram que se arrependeram do voto. No entanto, este percentual reduz significativamente, para 6%, na faixa de renda que varia de cinco a dez salários mínimos. Além disso, dos eleitores que se mostraram arrependidos, 4% afirmaram que prefeririam o Partido dos Trabalhadores (PT) e 1% o Partido Liberal (PL).

Contexto político e impacto da prisão de Bolsonaro

A pesquisa foi conduzida logo após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, um evento que repercutiu bastante na mídia e entre os eleitores. Apesar deste fato, a maioria dos entrevistados considera a detenção de Bolsonaro justa. O levantamento mostra que a prisão não teve um impacto significativo na fidelidade do eleitorado de Bolsonaro, que mantém um grau de convicção similar ao dos eleitores de Lula.

Perspectivas para a eleição de 2026

O olhar para o futuro político brasileiro é igualmente interessante. Quando questionados sobre as eleições de 2026, 77% dos entrevistados consideram-nas “muito importantes”. Entre os eleitores que se identificam como bolsonaristas, esse sentimento sobe para 85%, enquanto entre os lulistas o número é de 79%. As faixas etárias também influenciam a percepção sobre a importância do pleito, com 80% das pessoas entre 45 e 59 anos destacando seu significado. Curiosamente, entre os maiores de 60 anos, 12% afirmaram não considerar a eleição importante.

Divisões políticas entre os engajados

O Datafolha também mostra uma forte divisão entre os eleitores mais politicamente engajados. Entre os que consideram as eleições de 2026 “muito importantes”, 80% avaliam o governo Lula como ótimo ou bom, enquanto outra parcela igualmente significativa, também de 80%, classifica o governo como ruim ou péssimo. Isso ilustra a polarização que continua a prevalecer no cenário político brasileiro, com eleitores que, apesar de se identificarem como engajados, possuem visões muito distintas sobre a administração atual.

Lula e Bolsonaro: cenário atual de rejeição

Quando analisamos as simulações para a eleição de 2026, Lula aparece liderando todos os cenários, mesmo assim, enfrentando uma taxa de rejeição de 44%. Essa rejeição está próxima à de Jair Bolsonaro, que apresenta uma taxa de 45%. Esses números apontam para um cenário desafiador para ambos os líderes, que, apesar de manterem bases de apoio consideráveis, ainda precisam lidar com altos índices de descontentamento entre a população.

Essas pesquisas e suas implicações revelam não apenas a divisão política no Brasil, mas também a resiliência dos eleitores em suas escolhas, mesmo em face de eventos políticos turbulentos. À medida que nos aproximamos de novas eleições, a ênfase na importância do voto e nas opiniões dos eleitores continuará a ser um tema central nas discussões políticas do país.

A pesquisa e suas implicações servem como um poderoso reflexo do estado atual da política brasileira, e acompanhar as mudanças de opinião será crucial à medida que os preparativos para as eleições de 2026 se intensificam.

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