Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Mike Johnson enfrenta resistência e raiva dentro do Partido Republicano

Enquanto tenta consolidar sua liderança no Partido Republicano, o presidente da Câmara, Mike Johnson, enfrenta um clima de insatisfação crescente entre seus colegas. Embora seja visto como uma figura mais alinhada ao ex-presidente Donald Trump, Johnson luta para manter a unidade do partido diante de uma agenda legislativa fraca e de críticas contundentes de membros que consideram sua gestão como um entrave para o avanço de propostas importantes.

Desafios internos e insatisfação das mulheres no Congresso

Johnson, considerado simpatizante de Trump, enfrenta resistência especialmente de integrantes femininas de sua bancada. A deputada Nancy Mace, que optou por não disputar a reeleição e busca o governo da Carolina do Sul, expressou sua frustração em um artigo recente no New York Times. Ela afirmou: “As mulheres nunca serão levadas a sério até que a liderança decida levá-las a sério, e eu não estou mais segurando minha respiração”.

Mace deu uma avaliação moderada do desempenho de Johnson, dizendo que ele é “melhor do que seu predecessor”, o ex-presidente Kevin McCarthy, mas destacou que seu principal problema é a incapacidade de fazer a Câmara avançar em temas relevantes.

Resultado do esforço legislativo e perspectivas para o próximo ciclo eleitoral

O Congresso sob liderança de Johnson tem se mostrado pouco produtivo, com apenas 46 projetos de lei sancionados até agora — uma performance que pode marcar essa legislatura como uma das mais inoperantes dos últimos anos. Em contraste, o presidente Joe Biden aprovou 274 projetos em seus dois últimos anos na presidência e outros 365 nos dois primeiros mandatos, segundo dados do GovTrack.

Para Johnson, que busca manter sua posição nas próximas eleições, a dificuldade está em justificar seu esforço diante de poucos resultados tangíveis. Mesmo com a aprovação do pacote de gastos de Trump, os impactos mais importantes só serão sentidos após a votação. A dimensão de sua liderança está cada vez mais ameaçada, pois o Partido Republicano se mostra uma coalizão de interesses conflitantes, com grupos ao mesmo tempo protecionistas e intervencionistas.

Incertezas e o futuro de Johnson na presidência

Eleições internas na Câmara aconteceram em 2023, levando 21 dias para a escolha de Johnson, que chegou ao cargo após pressão de Trump. Caso a lealdade do ex-presidente se desvirtue, a permanência de Johnson é cada vez mais incerta, já que Trump é uma peça fundamental na política do partido. Johnson, que já lamentou a dificuldade do cargo, atualmente lidera por um período triplo em relação ao seu antecessor, Kevin McCarthy, que durou apenas 269 dias na posição.

Apesar da longa permanência, o próprio Johnson admite que o trabalho tem sido exaustivo, comparando-o a estar “em triagem todos os dias”. Sua continuidade no cargo dependerá, agora, da estabilidade e do apoio que conseguir consolidar dentro de um partido cada vez mais dividido e sob forte pressão interna.

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