Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Justiça turca ordena prisão de jogadores por apostas ilegais

Na última segunda-feira, um tribunal em Istambul tomou a drástica decisão de ordenar a prisão preventiva de 11 jogadores da primeira e segunda divisões do futebol turco. A medida foi motivada por investigações de apostas ilegais, e, segundo a mídia local, nove dos envolvidos são acusados de realizar apostas em jogos de seus próprios times. Essa situação lança uma sombra sobre a integridade do futebol na Turquia, afetando não apenas os jogadores, mas também os clubes e a competição em geral.

A acusação e os jogadores envolvidos

Entre os cinco atletas da primeira divisão que estão sob suspeita, destacam-se nomes conhecidos como Metehan Baltaci, defensor do Galatasaray, Alassane Ndao, atacante senegalês do Konyaspor, e Mert Hakan Yandas, volante do Fenerbahçe, o qual, segundo as acusações, teria utilizado intermediários para realizar suas apostas.

A situação é ainda mais grave, pois outros nove suspeitos foram também condenados à prisão preventiva, incluindo presidentes de dois clubes da terceira divisão que estão sendo investigados por manipulação de resultados ao longo da atual temporada 2023/24. Essa cadeia de prisões é parte de uma investigação muito mais ampla, conduzida pela promotoria de Istambul, que já resultou na detenção de cerca de 40 pessoas na semana anterior, em operações contra apostas ilegais e manipulação de resultados.

Impacto no futebol turco

As repercussões desse escândalo vão além da prisão dos jogadores. Nos últimos meses, as investigações relativas a fraudes nas apostas levaram à prisão de seis árbitros e do presidente do Eyüspor, um clube que compete na primeira divisão. Além disso, a Federação Turca de Futebol (TFF) tem se mostrado agressiva em sua tecla pela limpeza do esporte. No mês passado, aproximadamente 150 árbitros foram demitidos, todos sob a suspeita de sua participação ativa em apostas relacionadas às partidas.

Para aumentar a pressão sobre o cenário, a TFF informou que impôs suspensões de até 12 meses a 25 jogadores da primeira divisão, além de penalizar quase mil outros que jogam nas divisões inferiores. Essa ação é parte do esforço da entidade em mostrar que está comprometida a restaurar a credibilidade do futebol turco, que tem sido abalado por essas sérias alegações. No entanto, a eficácia dessas medidas e o impacto a longo prazo na imagem do futebol turco ainda permanecem como grandes incógnitas.

Liberações e novas investigações

Por outro lado, o tribunal de Istambul também determinou que outras 19 pessoas envolvidas no escândalo foram liberadas sob supervisão judicial. Entre essas, estavam quatro jogadores que atuam na Süper Lig, a principal liga do país, o que destaca a complexidade da situação e a necessidade de uma análise detalhada dos envolvidos.

À medida que o futebol turco se vê mergulhado neste estado de incerteza, os torcedores e stakeholders do esporte aguardam ansiosamente por novas atualizações. O que parecia ser um simples caso de apostas agora se transforma em um escândalo crescente, reverberando na maneira como os jogos são mandatados e como a integridade do esporte é percebida.

Ainda é cedo para avaliar todas as consequências desse caso, mas a justiça turca e a TFF devem estar prontas para enfrentar um desafio monumental à medida que tentam restaurar a fé do público no futebol nacional.

Com tantas interrogações ainda em aberto, a profunda ligação entre o esporte e as apostas ilegais na Turquia continua a ser um panorama preocupante. As investigações em curso podem revelar ainda mais informações, e o que será feito a partir desse momento definirá o futuro do futebol no país.

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