Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Julgarão deputados acusados de cobrar propina por emendas

O ministro Flávio Dino, que preside a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para março o julgamento da ação penal envolvendo os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE). Os parlamentares são acusados de solicitação de propina em troca da liberação de emendas parlamentares, um caso que levanta sérias preocupações sobre a integridade legislativa no Brasil.

Ação marcada

O julgamento ocorrerá nos dias 10 e 11 de março, em meio a três sessões: duas pela manhã e uma à tarde. A decisão de agendar o julgamento foi feita a pedido do relator da ação, o ministro Cristiano Zanin, que finalizou a redação do seu voto no final de novembro do ano anterior. A expectativa é alta, considerando a gravidade das acusações e o impacto que isso pode ter na imagem do Congresso Nacional.

As acusações, apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), alegam que os deputados, entre janeiro e agosto de 2020, solicitaram a quantia de R$ 1,6 milhão de vantagem indevida para facilitar a liberação de R$ 6,6 milhões em emendas para a cidade de São José de Ribamar, no Maranhão.

O esquema de corrupção

Segundo as investigações, os deputados e seus comparsas teriam exigido um retorno de 25% do valor destinado às emendas da saúde, valor que deveria ser pago pelos gestores municipais para que os recursos fossem liberados. Esse esquema veio à tona graças à denúncia feita por Eudes Sampaio, prefeito de São José de Ribamar, que fez as alegações em novembro de 2020.

Esse caso representa o mais avançado entre vários processos que estão sendo tratados no Supremo, todos abordando suspeitas de irregularidades na concessão de emendas parlamentares. Os casos em questão estão sendo analisados sob diferentes relatorias e têm avançado com ritmos variados, gerando um clima de incerteza sobre a eficácia do combate à corrupção na esfera pública.

Defesas dos acusados

Durante o processo, Josimar Maranhãozinho fez uma declaração ao STF, afirmando que as acusações da PGR são “frágeis e desfundamentadas”. Afirmou, ainda, que há uma falta de substância nas provas apresentadas contra ele.

Os representantes legais de Bosco Costa se manifestaram, pedindo a rejeição da denúncia, argumentando que faltam provas concretas. A defesa alega que as acusações se baseiam em “diálogos de terceiros e anotações manuscritas” que não pertencem a Bosco, o que levanta a dúvida sobre a validade das provas utilizadas contra ele.

A defesa de Pastor Gil, por sua vez, argumenta que as provas obtidas durante a investigação foram adquiridas de maneira ilegal, defendendo que o caso deveria ter sido iniciado no STF e não na Justiça Federal do Maranhão. Eles também contestaram a denúncia, considerando-a baseada em “hipóteses e conjecturas”, sem o devido embasamento fático.

Próximos passos

Com o julgamento marcado para acontecer em breve, a sociedade brasileira observa com atenção a condução do caso. A importância desse julgamento transcende a vida dos parlamentares envolvidos, refletindo um desejo de transparência e responsabilidade dentro das instituições governamentais. A sua resolução pode servir como um parâmetro para futuras investigações e processos semelhantes no país, apontando um caminho na luta contra a corrupção.

A proximidade do julgamento traz à tona questões sobre a eficácia do sistema judiciário brasileiro e a necessidade de uma reforma contínua para fortalecer a confiança do cidadão nas instituições. A expectativa é que a decisão a ser tomada pelo STF não apenas puna os culpados, mas também encoraje um ambiente político onde a corrupção tenha menos espaço para prosperar.

Se você deseja acompanhar os desdobramentos deste caso, continue lendo as atualizações em nossa cobertura completa.

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