O líder da oposição no Senado Federal, senador Rogério Marinho (PL-RN), reafirmou que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é “para valer”. A declaração foi feita após uma reunião em Brasília, na noite de segunda-feira, que contou com a presença do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), do União Brasil, Antonio Rueda, e do PL, Valdemar Costa Neto. O encontro ocorre em um momento crítico para Flávio, que enfrenta resistência dentro da cúpula do Centrão.
O posicionamento de Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro se descreveu como “um Bolsonaro centrado” e “mais moderado” que seu pai. Ele utilizou comparações que refletem sua intenção de se distanciar da imagem do ex-presidente, comentando sobre suas escolhas pessoais de saúde. “Ele não quis tomar vacina, eu tomei duas doses”, afirmou Flávio, buscando mostrar-se como uma figura mais ponderada.
Alianças para a candidatura
Durante a reunião, Marinho destacou a importância da construção de alianças para fortalecer a candidatura presidencial de Flávio. Ele enfatizou que esse processo não será imediato e exigirá tempo para que a candidatura se “mature”. O senador afirmou que o partido se esforçará para reunir o maior número possível de siglas em torno da candidatura de Flávio, criando assim uma frente robusta para a disputa de 2026.
Expectativas em relação ao apoio do Centrão
Marinho também mencionou que as preocupações dos líderes do Centrão em relação à capacidade eleitoral de Flávio foram discutidas de forma aberta. Os dirigentes partidários colocaram em pauta as possíveis dúvidas sobre a “tração” da candidatura ao Palácio do Planalto. Apesar disso, Flávio garantiu que a confirmação do apoio do pai, que considera sua entrada na disputa “irreversível”, é um fator incentivador para sua campanha.
Reunião e insatisfação com aliados
Flávio também abordou as críticas sobre seu anúncio de pré-candidatura, o qual foi realizado sem aviso prévio aos membros do Centrão. Ele negou qualquer mal-estar por conta dessa decisão e admitiu que dependerá do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para lograr sucesso nas urnas.
A reunião foi considerada positiva pelo parlamentar, que mencionou ter uma boa relação com as lideranças presentes. ‘‘Eles se preocuparam com meu nome, com base em pesquisas, de eu não tracionar. Reforcei que minha candidatura é irreversível, apresentando novos números que corroborem essa afirmação’, disse Flávio após visitar seu pai, que se encontra preso em Brasília.
Considerações do governador Tarcísio de Freitas
Na segunda-feira, Tarcísio também se pronunciou pela primeira vez a respeito. O governador expressou apoio a Flávio, mas ressaltou a importância de avaliar as pesquisas ao longo do tempo, considerando que a eleição presidencial está longe. Ele reafirmou sua lealdade a Jair Bolsonaro e colocou-se como um parceiro de campanha da pré-candidatura de Flávio, dizendo que ele e outros líderes da oposição possuem grande responsabilidade nesse cenário.
Vejo que a situação é complexa, mas há um otimismo cauteloso quanto à viabilidade da candidatura de Flávio Bolsonaro. Com a construção de alianças e a busca por apoio dos representantes do Centrão, talvez a pré-candidatura de Flávio possa se solidificar e expandir sua influência no cenário político do Brasil até as eleições de 2026.
O caminho até lá, no entanto, exigirá habilidade política e muita negociação, especialmente em um ambiente político tão polarizado.


