No último dia 8, a família de Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como ‘Peixão’, foi detida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mato Grosso do Sul, mas foi liberada após ser ouvida. A informação foi confirmada pela Polícia Federal (PF) e levantou questões sobre a sua ligação com a criminalidade organizada no Brasil.
Detenção da família Peixão
A abordagem ocorreu na BR-262, em Campo Grande (MS), quando a PRF interceptou dois veículos que, segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, estavam a caminho de Corumbá, na fronteira com a Bolívia. No grupo, estavam a mulher, três filhos e um sobrinho de Peixão, um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro e chefe do Terceiro Comando Puro (CTP).
Apreensão de itens suspeitos
Durante a abordagem, os agentes encontraram vários itens que aparentavam ser joias, muitas das quais apresentavam marcas de uma quadrilha que controla a região conhecida como Complexo de Israel, incluindo bairros como Parada de Lucas e Vigário Geral, na Zona Norte do Rio. Um dos itens mais destacados foi um cordão de ouro com a inscrição “Israel Defense Force” e uma estrela de Davi, que o sobrinho do traficante alegou ser de sua propriedade.
Declarações da polícia
Segundo informações da PF, ainda não é possível confirmar se os itens apreendidos são realmente joias, uma vez que não foram encontrados armas, drogas ou dinheiro nos veículos. A família alegou que estava viajando a Corumbá a passeio, e por essa razão não houve prisão em flagrante.
Contexto sobre Peixão e sua atuação criminosa
Álvaro ‘Peixão’ é um nome que ressoa nos meios da criminalidade brasileira, principalmente no Rio de Janeiro, onde as facções criminosas disputam território e influência. O tráfico de drogas é uma das principais atividades ilícitas associadas a ele, e a recente abordagem policial levanta novas questões sobre suas operações e o apoio que recebe de sua família.
O CTP, liderado por Peixão, é responsável pelo controle de diversas áreas na Zona Norte do Rio, onde a violência e a atividade do narcotráfico são constantes. A apreensão dos itens que aparentemente são joias indica que, mesmo longe do território carioca, sua influência se estende para outras regiões do Brasil.
Implicações e repercussão
A detenção dos familiares de Peixão e a apreensão dos objetos suspeitos chamaram a atenção da sociedade e das autoridades. A questão não é apenas a liberacão dos detidos, mas quais os laços que ainda existem na atuação criminosa e como isso afeta a segurança pública. O fato de que não foram encontrados itens ilícitos reforça a complexidade do trabalho policial no combate ao tráfico e à criminalidade organizada, onde muitas vezes há nuances que vão além do que pode ser visualizado em uma abordagem.
Conclusão
A detenção e a subsequente liberação da família de Peixão lembram a sociedade dos desafios contínuos enfrentados pelas autoridades na luta contra o crime organizado no Brasil. Embora a abordagem da PRF não tenha resultado em prisões duradouras, o incidente destaca a necessidade de vigilância constante e estratégias eficazes para desmantelar redes criminosas que operam tanto em áreas urbanas quanto rurais.
À medida que novos desdobramentos forem revelados sobre o caso e a atuação de Peixão, será fundamental acompanhar as ações das forças de segurança e a resposta do sistema de justiça em relação ao tráfico de drogas e aos impactos na sociedade brasileira.

