Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Família de traficante Peixão é detida pela PRF com fortuna em joias

No último dia 8, a família de Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, foi detida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O grupo, composto pela mulher, três filhos e um sobrinho do traficante, alegou que estava indo a Corumbá, uma conhecida cidade turística na região do Pantanal sul-mato-grossense, mas a realidade da situação escondia muito mais do que um simples passeio familiar.

Abordagem da PRF e a descoberta das joias

A detenção aconteceu na BR-262, onde a PRF, após receber informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre uma possível fuga de Peixão, decidiu abordar o veículo da família. Embora o traficante em si não tenha sido encontrado, as autoridades logo descobriram que a viagem da família era suspeita. Durante a abordagem, os agentes localizaram diversas joias de valor elevado, que, conforme apurado, estavam ligadas à quadrilha que controla o Complexo de Israel no Rio de Janeiro.

Dentre os itens confiscados, um cordão de ouro com uma estrela de Davi, acompanhado da inscrição “Israel Defense Force”, chamou a atenção. O sobrinho de Peixão, ao ser interrogado, afirmou ser o proprietário das joias, mas sua justificativa para a posse não convenceu os policiais.

O Passado de Peixão e sua relevância no tráfico

Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, é considerado um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro e líder do Terceiro Comando Puro (TCP), uma das facções criminosas mais poderosas do estado. Com um longo histórico de atividades ilegais e a repressão constante das autoridades, Peixão se tornou um símbolo da criminalidade organizada e da luta entre facções no Brasil.

Fronteira Brasil-Bolívia e o tráfico de drogas

A cidade de Corumbá, onde a família de Peixão pretendia se dirigir, está localizada a apenas 420 km da capital sul-mato-grossense e faz parte da rota de entrada e saída de narcóticos entre Brasil e Bolívia. O controle fronteiriço na região é um desafio constante para as forças de segurança, que tentam monitorar as atividades dos traficantes. A presença da família de um dos líderes do crime organizado local em uma área tão crítica levanta questionamentos sobre as operações de tráfico na fronteira.

Perícia das joias e próximos passos da investigação

Após a abordagem, a família foi encaminhada para a Polícia Federal, onde prestou depoimento e, posteriormente, foi liberada. No entanto, as investigações não terminam por aí. A Polícia Federal anunciou a realização de uma perícia nas joias apreendidas para determinar sua autenticidade e avaliar o valor real dos itens encontrados. Essa etapa é crucial, pois pode revelar mais sobre as ligações da família com atividades criminosas e fortalecer o caso contra Peixão.

Impacto social e a luta contra o tráfico

A detenção da família de um traficante de alta periculosidade como Peixão traz à tona a complexa relação entre crime organizado e o impacto social no Brasil. O envolvimento de familiares em atividades criminosas frequentemente perpetua um ciclo de violência e criminalidade, tornando a tarefa das autoridades ainda mais desafiadora. Além disso, a busca por estratégias eficazes no combate ao tráfico de drogas e suas redes de apoio social se torna cada vez mais necessária, dado o cenário atual em várias regiões do país.

A situação também coloca em evidência a necessidade de ações conjuntas entre as forças policiais e investimentos em medidas de prevenção ao tráfico e suas consequências sociais e econômicas. Conforme o debate sobre segurança pública avança, é fundamental que a sociedade civil, juntamente com o governo, colabore na busca por soluções que desacelerem a influência de grupos criminosos como o TCP.

Os desdobramentos dessa operação e o andamento das investigações prometem revelar mais detalhes sobre as engrenagens do tráfico de drogas e, quem sabe, levar a uma maior aproximação no combate à criminalidade organizada no Brasil.

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