O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou a prisão de dois homens acusados de engajar-se em uma operação de contrabando que envolvia chips de inteligência artificial da Nvidia, avaliados em pelo menos US$ 160 milhões, destinados à China. Um terceiro indivíduo, proprietário de uma empresa em Houston, já confessou a culpa na investigação, que expõe a crescente rivalidade tecnológica entre Washington e Pequim.
Rede de contrabando de chips Nvidia na mira do DOJ
Segundo o departamento, os suspeitos operavam uma rede que incluía uma empresa de Houston, gerenciada por Alan Hao Hsu, além de armazéns nos EUA, onde substituíam as etiquetas originais dos chips H100 e H200 da Nvidia por uma marca fictícia, “Sandkyan”, antes de enviá-los para a China. O objetivo era driblar os controles de exportação impostas pelos Estados Unidos, que visam manter a supremacia tecnológica americana.
Conspiração internacional e alegações
Fanyue Gong, chinês residente no Brooklyn, Nova York, e Benlin Yuan, canadense de Ontário, teriam conspirado com funcionários de uma empresa de logística de Hong Kong e uma companhia de tecnologia na China para contornar essas restrições. A operação revela os esforços para a aquisição de chips essenciais para o desenvolvimento de inteligência artificial avançada, uma das áreas mais disputadas na atual rivalidade entre os dois países.
Contexto global e impacto na indústria de chips
As ações dos EUA refletem uma política restritiva sob a administração Biden para limitar a exportação de tecnologia sensível para a China, alegando preocupações com a segurança nacional. Essas medidas, que se intensificaram após o governo de Donald Trump, têm causado perdas bilionárias para Nvidia e outras empresas do setor.
A geração Hopper de chips de IA da Nvidia, incluindo o H100 e o H200, tornou-se central nesse cenário de disputa. Enquanto isso, a Nvidia conseguiu uma vitória política recente, com Trump aprovando a venda de seus chips H200 na China em uma negociação que envolve participação nas vendas.
Reações e consequências
O procurador federal Nicholas Ganjei afirmou que “a Operação Gatekeeper expôs uma rede de contrabando sofisticada que ameaça a segurança de nossa Nação ao direcionar tecnologia de IA de ponta para aqueles que a usariam contra os interesses americanos”. Ele ressaltou que esses chips representam a base da superioridade em inteligência artificial e são essenciais para aplicações militares modernas.
Mesmo com essa apreensão, lideranças da Nvidia continuam a defender uma abordagem de abertura para o mercado chinês, argumentando que a política de exportações é rigorosa e que a empresa trabalha para evitar o desvio de produtos.
Próximos passos e perspectivas regionais
A investigação evidencia a importância estratégica dos chips de IA na atual disputa tecnológica global. As ações nos mercados financeiros reagiram à notícia, com sinais de euforia nas bolsas, enquanto especialistas alertam para uma possível bolha no setor tecnológico.
O impacto dessa operação pode indicar futuras ações dos EUA para reforçar o controle sobre a exportação de semicondutores, buscando preservar sua liderança tecnológica e limitar o avanço chinês no setor de inteligência artificial.
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